Educação, o exercício de ser social

Ofertar educação de qualidade desde a primeira infância reflete diretamente na perspectiva de futuro do indivíduo. Constrói o desejo pelo saber, pela cultura e pelo impensável em sua realidade social

Quando se fala em educação, é comum imaginar o ambiente escolar. Para muitos pais, o primeiro pensamento é seus filhos indo à escola. Para mim, a primeira imagem que vem à mente é minha filha. Hoje, vê-la estudando, aprendendo e crescendo é minha maior alegria. Cada um de nós tem uma visão singular da educação. Mas a educação possui uma abrangência muito maior do que as imagens imediatas que pensamos. Se analisada no panorama a longo prazo, ela pode transformar vidas e, até mesmo, uma nação. Ela é a divisora de águas entre a falta de oportunidade e uma sociedade desenvolvida. Defendê-la é promover crescimento, segurança, saúde e liberdade. Seu impacto não é imediato, mas sua prioridade sim. E tratando o contexto individual deve começar cedo.

Um estudo de 2013 do economista norte-americano, vencedor do Nobel, James Heckman mostrou o resultado do investimento na educação. Para cada um dólar aplicado na Primeira Infância, sete dólares retornam à sociedade. Esses dados ainda destacam a redução da criminalidade, aumento da periodicidade educacional individual, melhoria na qualidade da saúde e crescimento econômico. Nessa explanação, a educação se mostra como uma atividade essencial ao garantir a saúde mental, física e social. Fica evidente as intervenções na vivência do coletivo e não meramente pela apreciação do capital que se amplia em sete vezes, sendo apenas referência de valor.

Ao meu ver, ofertar educação de qualidade desde a primeira infância reflete diretamente na perspectiva de futuro do indivíduo. Constrói o desejo pelo saber, pela cultura e pelo impensável em sua realidade social. Permite a competitividade educacional e profissional pela capacitação. Provê a base bem estruturada para o exercício social, saindo da situação de dependente do Estado para o promotor de mudanças onde habita.

Os cuidados dispensados às crianças nessa fase chamada de Primeira Infância não se resumem aos estímulos para desenvolvimento cognitivo. A importância de uma boa alimentação, além da proximidade da escola com a família, para entender o contexto social em que as crianças estão inseridas, são ações tão importantes quanto o acompanhamento pedagógico das crianças.

Por isso, precisamos priorizar o futuro da nossa cidade. Destas que não podem reger defesa por causa própria. As nossas crianças! Desejo tornar esse o legado do meu mandato. Ao assegurar que a educação infantil seja prioridade. Criança com acesso à educação de qualidade, respeitada e livre.


A coluna PoliticAS reúne semanalmente, em formato de rodízio, textos das vereadoras eleitas de Curitiba.

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