O corpo da imagem

A pesquisadora Nicole Lima conversa sobre a experiência do usuário como ponto de partida na história da arte

O mais profundo é a pele

A decadência que as acometeu não foi causada por nenhuma catástrofe, mas pela falta de um poder: são mulheres desprovidas do para-ser-olhadas, não são mais desejáveis nem pelo voyeur, nem pelo fetichista. O mais perturbador dessas imagens é a incapacidade de se manterem como objeto – não desejo tê-las, não desejo sê-las

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Um corpo oco

Ter ou não ter um útero, usar ou não usar, parir ou não parir, dar ou não dar (vender? alugar?), quando, com quem, com quantos, se de pé, de cócoras, debaixo da árvore, na banheira ou no hospital, a questão da maternidade, da virgindade, a disputa pelos acessos e usos dignos ou indignos atribuídos a esse pequeno espaço oco dentro desse corpo ampliado, vêm de longa data e sim: essa história está todinha registrada na arte

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Entre a versão e a subversão

Se “não se nasce mulher, torna-se mulher”, como bem disse a Simone, também é verdadeiro dizer que não se nasce humano, torna-se humano. E na nossa cultura os humanos são subdivididos ainda em gênero, classe e ordem. Há uma versão pré-fabricada pela cultura para cada um de nós, a que somos forçados a nos moldar

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Pela permeabilidade da resistência

Existe a arte mole e a arte dura, a arte do aplauso e a da pedrada, a que se impõe e a que se opõe, tais quais as forças de Newton, em que resistir é reagir com a mesma força aplicada, só que em sentido contrário

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O fim da historia é só o começo

Dizer que só precisamos de uma história da arte é o mesmo que dizer que não existe raça, porque só existe uma humanidade. Que não existe gênero porque todos são iguais, quando não são.

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Imagem ou enigma?

O objetivo de alcançar o belo (sobretudo na estética medieval cristã) parte da ideia de que a arte estaria aí para nos mesmerizar, para nos elevar por meio do que é perfeitamente agradável

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A arte é um jogo para se perder

Claro que a arte sempre foi relacional em diferentes graus. Uma das particularidades da imagem é seu poder de acomodar narrativas, de gerar vínculos simbólicos com o fruidor

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A arte é inútil?

Pela lógica de Kant, se tratamos a arte como um divertimento, uma distração para a nossa angústia de existir, não estamos experienciando a arte, em si, mas vendo nela uma utilidade que está fora dela

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