Uma breve e feliz viagem no tempo

Curitiba preserva coisas que surgiram para entrar na história e continuam cumprindo seu papel, o que, para muitos, ainda causa alguma surpresa

Depois de uma longa temporada longe da capital, há quem tenha retornado. Afinal, consta, ou constava, que o bom filho a casa torna. E, para matar a saudade, tratou de dar uma banda pelo bairro. Usando máscara, é claro, pois certas coisas mudam e, muitas outras, mudam para pior. Vai daí a sua surpresa, seguida de breve sorriso de satisfação, ao ver passar, enquanto aguardava o sinal verde para atravessar a rua, um carro da Autoescola Silva.  

E, matutando com seus botões, não deu outra: e a Casa do Fumo? Será que ainda existe? Mais tarde, conferiu. Está lá, sim. E devidamente adaptada.  

Além do fumo de corda

Casa do Fumo. Crédito da foto: divulgação.

Inaugurada em 1956, na Rua Saldanha Marinho, a Casa do Fumo foi criada por Fritz Meissner. Depois, passou a ter no comando um antigo funcionário, João Alves Antunes. E não se limitou a produtos como fumo de corda, fumo para cachimbo, fluídos para isqueiros, oferecendo também imagens de santos, velas e peças em gesso.  

Já a Autoescola Silva, que surgiu na década de 80, foi responsável pela invenção (e utilização de forma pioneira) do comando duplo em seus veículos. Posteriormente, ele se tornou obrigatório como equipamento de segurança para a realização das aulas práticas em todo o país. E, no início dos anos 90, trouxe para seus alunos os primeiros simuladores de direção disponíveis na época. Em 2000, tornou-se a primeira autoescola a desenvolver softwares específicos de gestão no Paraná, reforçando o compromisso de seu fundador com as novidades e inovações no segmento. A Autoescola Silva construiu o primeiro e maior complexo de treinamento prático do país, facilitando a realização das aulas e oferecendo maior segurança para os alunos, tornando-se modelo nacional.  

Presença japonesa  

Tsunessaburo Makiguti, fundador da Soka Gakkai. Crédito da foto: reprodução.

E a Praça Tsunessaburo Makiguti? Isso mesmo, Tsunessaburo Makiguti. Fica no Jardim das Américas, mais precisamente na Rua Comendador Correia Júnior, 260.  

Inaugurada no dia 14 de junho de 1996, a 8 quilômetros do centro de Curitiba. São 5.200 m² com gramado, jardins, trilhas para pedestres e uma estrutura que dispõe de playground e ciclovias. E, é claro, o busto que homenageia o fundador da Soka Gakkai, Tsunessaburo Makiguti, e árvores de cerejeira originárias do Japão.  

O local é descrito como “um belo cenário de flores de cerejeira e difusão dos ideais humanísticos da Soka Gakkai que permeiam paz, cultura e educação – e o companheirismo entre associados, amigos e toda a vizinhança do local”.

PS: E, sobre os ideais humanísticos, qual foi a mais recente patacoada do suposto presidente?  


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