Ao devorar – não literalmente, por supuesto – a revista/livro da On Line Editora sobre Povos Bárbaros – Os Mistérios dos Conquistadores Mais Cruéis da História, há quem tenha aberto um sorriso. Por conta de um inesperado reencontro. Com Asterix e Obelix. Isso mesmo.
Após abordar o papel da Igreja, dos protetores do cristianismo, dos povos irmãos, dos vândalos, avaros, dos sem religião, mais os mongóis, o primeiro imperador bárbaro e a destruição da Pérsia pelos mongóis, a publicação remete o leitor para a página curiosidades.
– Quanto ao povo gaulês, seu grande chefe guerreiro era Vercingetorix. E ele inspirou Albert Uderzo e René Goscinny a criar, em 1959, os bárbaros mais valentes da antiguidade: Asterix e Obelix. As referências gráficas são ótimas, com reproduções fiéis de itens de vestuário, construções, armas e meios de transporte.
A dupla fez muito sucesso no papel e se transformou em personagem de animações e filmes. Em 1999, inclusive, o francês Claude Zidi dirigiu o filme Asterix e Obelix contra César.
Imperador cobrando impostos
Ainda da revista/livro:
– A pequena aldeia gaulesa onde viviam Asterix e Obelix era um problema para o imperador Júlio César, pois não conseguia receber o pagamento dos impostos. Os gauleses resistiam aos romanos graças à poção mágica preparada pelo druida Panoramix e protegidos por Obelix, que ainda bebê caiu num caldeirão de poção mágica e passou a ter naturalmente seus superpoderes.
– A dupla de valentes bárbaros apresenta características de diversos grupos germânicos da Idade Média e os anacronismos são usados como recurso cômico. Criado para a revista Pilote, o gaulês Asterix, junto de seu inseparável amigo Obelix, sempre está disposto a defender sua aldeia do Império Romano. Como todo gaulês, adora uma briga, ainda mais com a prodigiosa força proporcionada pela poção mágica do druida de seu vilarejo, Panoramix.
Um herói bem diferente
Asterix é uma antítese da figura do herói tradicional: é baixinho, feio, narigudo e invocado. Enquanto Superman, Fantasma e o Homem-Aranha aceitam o casamento, Asterix continua um solteiro irredutível.
Diante do sucesso, no Brasil as aventuras de Asterix e Obelix foram publicadas por várias editoras: Bruguera, Cedibra, Círculo do Livro, RGE e Record, abrangendo a maioria dos álbuns. Em janeiro deste ano, a Panini Comics anunciou ter adquirido os direitos para editar todos os livros no Brasil. Estamos na expectativa…
Ainda por nossas bandas: em 1976, Asterix foi publicado no Globinho Supercolorido, o suplemento dominical do jornal O Globo.
Goscinny faleceu em 1977, mas Uderso prosseguiu o trabalho. As histórias foram traduzidas para 83 línguas e 29 dialetos.
PS: será que Asterix e Obelix dariam um jeito no desgoverno do Brasil de hoje?