Quando um alerta esquece o guarda-chuva    

Mesmo com os boletins diários e alertas meteorológicos ainda é comum ouvir reclamações de quem saiu de casa sem levar guarda-chuva ou sombrinha – sem falar da galocha

Meteorologia vem da junção do grego meteoros, que significa suspenso no céu, com logos, estudo – e temos, então, a ciência que estuda a atmosfera terrestre e seus fenômenos. O nome tem origem em uma obra de Aristóteles escrita 340 a.C., Meteorica, que reunia o conhecimento empírico da época sobre clima e tempo. O desafio: “decifrar o enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do espírito é o assombro do mistério”. Assim, a chuva seria um meteoro hídrico, o raio é um meteoro luminoso e o trovão um meteoro acústico.  

A importância da meteorologia vai muito além de saber se vai chover hoje ou teremos sol. As atividades deste campo abrangem outros setores, como o energético, de recursos hídricos, agrícola, de aviação, saúde e defesa civil.  

O clima bem curitibano  

Como se sabe, dois fatores influenciam o clima de Curitiba: a posição e o relevo. A capital está a 935 metros acima do nível do mar, enquanto Florianópolis e Porto Alegre são cidades com altitude zero – ou quase isso. Mas, e ainda bem, temos o Instituto Tecnológico Simepar. Entidade de direito privado e interesse público, unidade complementar do Serviço Social Autônomo Paraná Tecnologia, vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná. O instituto sucedeu o Sistema Meteorológico do Paraná, instituído pelo Decreto Estadual n.º 2.152, de 17 de março de 1993, na forma de um convênio entre o Instituto Agronômico do Paraná – Iapar e a Companhia Paranaense de Energia – Copel.  

Pesquisa e formação de pessoal  

Em 25 de maio de 2000, pelo Decreto Estadual n.º 2.047, as atividades do Sistema Meteorológico do Paraná foram transferidas para o Instituto Tecnológico Simepar, “empreendimento tecnológico que tem por finalidade consolidar uma infraestrutura física e humana para o provimento de informações (dados e previsões) de natureza meteorológicas, hidrológica e ambiental, bem como conceber, desenvolver e executar atividades ligadas à pesquisa científica e tecnológica e formação e capacitação de pessoal, tendo em vista a promoção da competitividade empresarial e o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico do Paraná e do país”.  

Em 2014, ao completar 20 anos de existência, o Sistema Meteorológico do Paraná, Simepar, conquista seu novo status legal firmado pelo Projeto de Lei n.° 330/13 aprovado por unanimidade em primeira e segunda discussão na Assembleia Legislativa. De acordo com o projeto, o Simepar está vinculado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior “na condição de pessoa jurídica de direito privado sob a modalidade de serviço social autônomo e organização sem fins lucrativos de interesse coletivo”.  

Ampliando o leque de atividades  

Para estudiosos do assunto, a criação em lei representou um salto de qualidade no statusdo SIMEPAR. A partir de então, ele terá melhores condições legais para realizar contratos de gestão com o Estado, celebrar convênios e estabelecer parcerias com instituições de pesquisa científica e tecnológica, brasileiras e estrangeiras, prestar serviços à iniciativa privada, gerar receita própria e ampliar seus investimentos. Os recursos serão investidos em capacitação da equipe, desenvolvimento tecnológico, aquisição, instalação e manutenção de equipamentos, conforme estabelecem os planos anuais de ação estratégica. Os recursos públicos destinados ao Simepar estarão sujeitos ao controle externo exercido pelo Tribunal de Contas do Estado. O Sistema Meteorológico do Paraná está situado em Curitiba, no Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná.  

O Simepar mantém cooperação e intercâmbio com corporações e instituições de pesquisa, ciência e tecnologia de todo o Brasil e exterior. Apoia cursos de graduação e pós-graduação, assim como o desenvolvimento de teses em nível de mestrado e doutorado.  

PS: e temos os ditados populares (ou provérbios) que também entraram para a história: Chuva e Sol casamento de espanhol; Sol e chuva casamento de viúva. E vale registrar: toró é uma palavra de origem indígena que vem do tupi e significa jorro d’água.  

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

O (des)encontro com Têmis

Têmis gostaria de ir ao encontro de Maria, uma jovem vítima de violência doméstica, mas o Brasil foi o grande responsável pelo desencontro

Leia mais »

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

Rolar para cima