Quando até relógio fica bem maluco

Na terça-feira, 27, quem deu uma olhada no relógio (eletrônico) de rua foi parar no dia 24 de janeiro - às 22h45 minutos e com temperatura zero grau

Há reações inevitáveis: mesmo com relógio de pulso ou de olho no celular, quem passa por um dos modernos relógios de rua de Curitiba dá uma olhada na tela para conferir a hora e, talvez, o dia. Questão de reflexo, sequência estímulo/resposta. E, pelo que anunciou a prefeitura, eles são equipamentos que fazem parte do mobiliário urbano e fornecem para a população dia, hora e temperatura corretos. Isso mesmo, dia, hora e temperatura corretos.  

E o susto não se limitou a um dia. Ocorre desde a semana passada no Juvevê, deixando muita gente perplexa. Muita gente em face do movimento devido à presença de agências bancárias, shoppings, comércio miúdo, bares e restaurantes na Avenida João Gualberto, nas proximidades da confluência com a Rua Moysés Marcondes.  

Há quem tenha comentado:  

– Deve ser culpa da tal Covid-19…  

– Que nada. Deve ser coisa do desgoverno bolsonarista. Afinal, se a Terra é plana…  

O problema, certamente, surgiu em função das duas tempestades que castigaram Curitiba com uma força incrível, não se limitando a enchentes e outros danos.  

De volta ao cinema  

Ainda viajando no tempo, há quem tenha citado O Dia em Que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still), de 1951, dirigido por Robert Wise. O filme narra visita de um ser alienígena e o seu apelo para a paz entre os povos do planeta.

Um gesto pacifista para pôr fim à guerra fria, que estava ainda tomava forma. Foi baseado em Farewell to the Master, conto do escritor Harry Bates.  

E, agora, por conta de relógios eletrônicos, da pandemia e do desgovernofederal vamos ter uma nova versão? O Dia em Que a Terra Endoidou?  

O jeito é bater na madeira três vezes. 

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