A semana mal começou. Ou começou muito mal pra muita gente – e não só por nossas bandas. E a segunda-feira, 4 de outubro de 2021, entrou para a história por conta de uma pane nas redes (ditas) sociais. E, como registrou o jornal O Estado de S.Paulo, “o WhatsApp, Instagram e o Facebook, todos pertencentes ao império de Mark Zuckerberg, só começaram a ter as operações normalizadas em todo o mundo por volta das 18h45 do horário de Brasília, após pane de seis horas que trouxe instabilidade às redes sociais do grupo nesta segunda-feira. Por meio de plataformas como o Twitter, usuários relataram problemas, dizendo que não era possível acessar o serviço. Além do app, a versão web também sofre problemas para conectar com o aparelho celular. Durante a pane, Zuckerberg teve uma perda estimada de US$ 5,9 bilhões em sua fortuna pessoal. A instabilidade também está afetando plataformas e serviços que usam o login do Facebook, como games”.
E o Facebook divulgou nota no final da noite de segunda informando que “o apagão global de mais de seis horas em suas redes, que incluem o Whatsapp e o Instagram, foi uma falha interna: um defeito durante alteração em suas configurações. A plataforma informou também que não houve um ataque hacker nem vazamento de dados de usuários. Queremos esclarecer que acreditamos que a causa da queda foi uma mudança de configuração”, garantiu a empresa.
Brasil, o quinto do ranking
Ainda do Estadão: “De acordo com o site Down Detector, conhecido por apontar falhas em serviços na internet, o problema não ficou restrito ao Brasil: houve relatos de instabilidade em diversas regiões do planeta, incluindo América Latina e Europa. As falhas começaram por volta das 12h20 (horário de Brasília). Para ter uma ideia, um levantamento feito pela consultoria Newzoo mostra que o Brasil tem aproximadamente 109 milhões de usuários de smartphones atualmente, o que corresponde a mais da metade da população. Com isso, o país fica em quinto lugar no ranking global com maior número de usuários desses aparelhos”.
Um país “ligadão”
E vale citar a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações. Primeira agência reguladora a ser instalada no Brasil, no dia 16 de julho de 1997, pela Lei 9.472, ela confirma que o país é extremamente conectado por celulares: dados referentes ao mês de julho de 2021 indicam que o Brasil terminou o mês com 246,8 milhões de celulares e densidade de 115,63 cel/100 hab. E os computadores, notebooks e tablets chegam a 180 milhões.
Um (outro) dia impactante
E, por conta do noticiário, há quem tenha viajado no tempo, até o filme O Dia em que a Terra Parou – The Day the Earth Stood Still. É um filme americano de 2008, do então chamado gênero ficção científica, realizado por Scott Derrickson. Na verdade é uma refilmagem do clássico homônimo, que, por sua vez, teve como ponto de partida um conto – Farewell to the Master, de Harry Bates, e foi levado às telas por Robert Wise em 1951. Contudo, daquela vez, a ameaça ao planeta Terra não era a gripezinha bolsonarista e nem a corrida armamentista do dito cujo, mas, sim, os danos ao meio ambiente.
Uma Arca de Noé espacial
Inspirado no filme original feito em 1951, The Day The Earth Stood Still mostra uma invasão alienígena ao planeta Terra. E para dar um ultimato: ou os humanos aprendem a lidar uns com os outros, parando com conflitos e guerras, ou uma atitude mais séria será tomada – afinal, outros planetas, em outras galáxias, estão vigiando o nosso comportamento. O argumento básico é o mesmo, mas estão nos adornos – que, no final das contas, são o verdadeiro recheio – as diferenças. Na primeira versão a relação era com a Guerra Fria e o impacto das bombas atômicas. E o alerta era definitivo: ou o homem aprendia a viver em paz ou nosso mundo seria simplesmente eliminado. Ou seja, algo bastante drástico, mas também muito relacionado ao que se vivia na época. A nova versão traz os aliens estão preocupados com o planeta Terra – “um dos poucos em todo o universo capaz de suportar uma forma de vida tão complexa quanto a humana – e não estão dispostos a deixar o planeta morrer por causa de uma única espécie.
Em resumo: como o ser humano é naturalmente destrutivo, o objetivo deles é promover uma grande arca de Noé espacial, salvando todos os demais seres vivos, e eliminando o único realmente pernicioso: o homem.
Viver é perigoso. Alguma dúvida?