Não foi nada fácil chegar ao sinaleiro…

O auxílio humano para orientação do trânsito só foi dispensado no início da década de 20, graças aos primeiros semáforos sequenciais de três cores implantados nos Estados Unidos

Por conta do avanço do vírus e do sinal de alerta com bandeiras amarelas, há quem tenha, usando máscara, lembrado do semáforo – embora se mantenha em quarentena. Todo mundo sabe – embora muitos não respeitem – o sinaleiro funciona com o vermelho, o amarelo e o verde.

Vai daí que um amigo, consultando seus arquivos, encontrou um texto no site Mega Curioso e voltou no tempo. E bota tempo nisso: o vermelho virou sinal de perigo há mais de 2 mil anos. Era utilizado pelas legiões romanas. Depois, virou até cartão para expulsar de campo jogador de futebol.

O sinal luminoso passou a ser utilizado pelos ingleses em 1830, nas ferrovias: o vermelho indicava ao maquinista que deveria parar; o verde sinalizava precaução e, uma lâmpada branca, isso mesmo, liberava a composição para ir em frente.

De vermelho a branco

De repente, um problema: lá pelo ano de 1914, a lente vermelha de um dos sinais caiu, deixando exposta apenas a lâmpada. E um maquinista, achando que estava liberado, foi em frente. Resultado: colidiu com outro trem. O jeito foi abolir o branco de uma vez por todas, vindo a configuração utilizada até hoje, com o sinal verde indicando a liberação e, o amarelo, por ser bem diferente das outras duas cores, precaução.

Dos trilhos para as ruas

Ainda no século 19: em Londres, o trânsito de cavalos e carruagens nas ruas representava um tremendo perigo para os pedestres. Diante da situação caótica, John Peake Knight, um engenheiro ferroviário, decidiu adaptar o sistema das ferrovias para as ruas. Durante o dia, os semáforos (controlados por policiais) exibiam placas para orientar o tráfego; à noite, elas emitiam os sinais luminosos.

De repente, bum!

Como era utilizado gás para alimentar as lâmpadas, certo dia uma delas acabou explodindo – e o policial que a operava ficou ferido. Em busca de uma alternativa mais segura, o governo resolveu suspender os semáforos até que uma nova versão, a partir do uso da eletricidade, fosse possível.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, nos idos de 1910, o tráfego era controlado por policiais postados em plataformas no centro dos cruzamentos mais movimentados. Com boa visibilidade, eles orientavam o trânsito fazendo movimentos com os braços. Alguns chegavam a utilizar luzes verdes e vermelhas enquanto apitavam para indicar a mudança de sinal.

Enfim, os semáforos

O auxílio humano para orientação do trânsito só foi dispensado no início da década de 20, graças aos primeiros semáforos sequenciais de três cores implantados nos Estados Unidos, mais precisamente em Detroit.

E os daltônicos?

Havia um problema, porém, na implantação dos semáforos. Como ficariam os daltônicos? Boa parte das pessoas com a deficiência, que prejudica a percepção das cores, na verdade consegue distinguir a verde clara da vermelha clara. Assim, para aqueles que não conseguem, o padrão adotado permite que essas pessoas identifiquem os sinais pelas suas posições: vermelho no topo, amarelo e verde embaixo.

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