Alguns lucram – e a maioria paga a conta

Cerveja e cigarro não são como energia elétrica, mas nem por isso os consumidores vão deixar de pagar mais caro para manter um velho hábito - mesmo em casa

No Plural, edição de sábado, dia 16, em matéria de Maria Cecília Zarpelon, temos que “em meio à crise de energia e alta na conta de luz, Copel aumenta o lucro dos acionistas”. – Mesmo diante da crise hídrica e energética que assola o Brasil e o Paraná, que levou a tarifa de energia mais cara já aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aos consumidores, a Copel decidiu aumentar o capital repassado aos acionistas – só neste ano, R$ 1.275 bilhão.  

Prepare seu bolso  

Passo seguinte, devidamente vacinado, mantendo distância e usando máscara, depois de ler a notícia no veículo que justifica plenamente o nome ao praticar o jornalismo plural diariamente, há quem tenha ido bater o ponto em um bar nota 10 do Juvevê. E aí fica sabendo que o estabelecimento, como os demais, foi notificado pela Ambev (America’s Beverage Company – Companhia de Bebidas das Américas) que a cerveja vai subir 50 centavos. A garrafa, não o engradado, é claro. A empresa, sediada na cidade de São Paulo, integra a AB InBev, líder mundial na produção e comercialização de cervejas. Entre elas AntarcticaBrahma, BohemiaBudweiserQuilmes e Skol, que estão no portfólio da empresa.  

A cerveja e outras bebidas, além do cigarro, vão subir de preço por conta de um reajuste imposto para compensar as perdas com a reclusão causada pela tal gripezinha – ela mesma. O preço das cervejas subiu em até 6%, segundo a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar). E o cigarro, de qualquer marca, 25 centavos. Pode parecer pouco, mas no volume…  

PS: diante do inevitável, há quem tenha recorrido a uma velha justificativa: eu bebo para esquecer. E pretendo voltar ao cigarro de palha.  

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