Como sua comunicação pode te ajudar a lidar com a Síndrome do Impostor

A Síndrome do Impostor pode atingir pessoas de todas as idades e profissões, mas é mais comum em cargos que demandam alta competitividade e exposição, já que as pessoas estão mais suscetíveis a julgamentos

Você se esforça muito para atingir o sucesso profissional, investe em cursos, se prepara, lê sobre o assunto. Quando conquista a posição, bate aquele medo de não ser bom suficiente, de não estar totalmente preparado ou então de ser uma fraude. Se identifica com essa história?

Este conjunto de sensações tem nome: Síndrome do impostor.

A Síndrome do Impostor pode atingir pessoas de todas as idades e profissões, mas é mais comum em cargos que demandam alta competitividade e exposição, já que as pessoas estão mais suscetíveis a julgamentos. E, também, é mais frequente entre mulheres. Foi isso que mostrou o resultado de uma pesquisa feita em abril deste ano pela KPMG. Os pesquisadores entrevistaram 700 mulheres em cargos de liderança (todas vice-presidentes) e 75% delas confessaram ter se sentido impostoras logo que assumiram o cargo.

E como a comunicação pode nos ajudar a lidar com esse sentimento de insuficiência?

Gostaria de destacar dois caminhos: O primeiro diz respeito a nossa comunicação intrapessoal, ou seja, tudo aquilo que dizemos ou pensamos sobre nós mesmos. Alimentar diálogos internos negativos é o combustível perfeito para que a Síndrome do Impostor inflame. Quando você pensa “não sou capaz”, “que idiota!’ e qualquer outra frase do gênero, você está “apagando fogo com gasolina”.

Portanto, o primeiro convite que eu faço é: observe a qualidade dos seus pensamentos, quais as frases você tem repetido para você mesmo com maior frequência e comece a trabalhar em uma mudança de mentalidade. Sim, você leu certo, é trabalhar mesmo. Isso demanda esforço, dedicação, autocontrole. Se perceber que não está conseguindo dar conta sozinho, busque ajuda! A insegurança faz com que você tenha uma comunicação mais restrita e muitas vezes não consiga expressar as suas ideias como gostaria.

O segundo caminho para lidar com a Síndrome do Impostor a partir da perspectiva da comunicação é: desenvolva um posicionamento claro e assertivo. Por mais que você esteja preparado para a função e seja altamente qualificado, as pessoas não vão saber disso se você não comunicar com clareza!

Pra te ajudar na prática, vou listar 3 pontos-chave que podem ajudar você a transmitir um posicionamento de maior segurança e assertividade:

  1. Cuidado com a sua linguagem corporal. Ao se comunicar, olhe nos olhos, mantenha uma postura ereta, queixo paralelo ao chão, corpo levemente projetado em direção do interlocutor.
  2. Utilize um tom de voz adequado, que seja audível e cuidado com a sua dicção. Pronunciar as palavras com clareza é fundamental.
  3. Cuidado com o vocabulário. Algumas expressões minimizam o impacto da sua fala. Em vez de dizer “eu acho que”, “eu vou tentar”, “pode ser que”, opte por: “quero destacar”, “tenho convicção”, “gostaria de ressaltar que”.

O que você diz sobre você – para si e para os outros – pode ser determinante na sua trajetória pessoal e profissional.

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