Setor de educação internacional desponta forte no exterior

Apesar do crescimento de opções de ensino no formato híbrido e online, as universidades no exterior estão dando preferência às aulas presenciais

Fui convidado para participar de um evento sobre educação internacional pós-pandemia em Nova Iorque, o Emerge Strong, que ocorreu na semana passada. O foco do evento era reunir as principais empresas de educação e consultoria de College Counseling da América Latina para debater sobre estratégias de renovação do setor de educação internacional para Estados Unidos, Canadá, Europa e Reino Unido, trazendo novas oportunidades globais para alunos da América Latina.

Apesar do crescimento de opções de ensino no formato híbrido e online, as universidades no exterior estão dando preferência às aulas presenciais. Desta forma, mais de 5,5 milhões de estudantes, que fariam seus programas de forma remota, terão que realizar seus cursos presencialmente.

Com isso, a recuperação para o setor de educação internacional está vindo antes do imaginado e mais forte do que pensamos, visto que são dependentes de políticas internacionais. Por conta da recuperação econômica de países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Holanda, a distribuição das vacinas será acelerada, possibilitando o retorno normal das aulas. A maioria das consultorias internacionais vê esses indicadores como uma antecipação de uma recuperação exponencial até o final de 2022.

Além disso, países com alta recuperação econômica, no pós-pandemia, estão desenvolvendo políticas pró-migratórias. Uma vez que o crescimento da população e a retenção de talentos é a chave para o crescimento econômico de um país. E, durante a pandemia, muitos países desenvolvidos perderam seus talentos intelectuais.

A pressão para conectar os pontos entre migração de talentos e o crescimento econômico para ajudar na recuperação pós-pandemia é acelerada por esses países desenvolvidos. Por isso, a busca por esses talentos no Brasil e na América Latina no geral é uma estratégia das universidades do exterior para reter talentos e dar benefícios aos mesmos.

Antes da pandemia, a tática das universidades era recrutar alunos de forma pontual e rápida, com visão de curto prazo. Porém, a pandemia mostrou a importância de ter uma relação estratégica e de longa duração com os estudantes da América Latina, visando estabilidade, empatia, diversidade e sustentabilidade nesta relação.

Esta vivência em Nova Iorque me conectou com as maiores cabeças da área de educação internacional e veio mostrar que há luz no fim do túnel e que, depois de tempos tão sofridos e tanta mudança para a área de educação, novos horizontes com perspectivas positivas estão logo a nossa frente.

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