Como está a situação educacional na Ucrânia e na Rússia?

A evolução do ensino e preços mais baixos na Ucrânia levaram o governo local a atrair mais alunos internacionais

Vivemos um período crítico. Num mundo em que muitos países já vivem um “alívio pós-Covid”, outros nem se quer perderam a tensão de uma pandemia e já enfrentam o início de uma guerra, que é o caso da Ucrânia.

As notícias relatam toda a situação tensa entre Rússia e Ucrânia, mas como está realmente a vida de quem vive nos dois países? Como os alunos internacionais estão enfrentando este momento tão delicado do outro lado do hemisfério? E o que levou estes estudantes a buscarem o ensino nestes países?

Em 2018, a Ucrânia passou por uma transformação do seu ensino básico e médio, assim como o Brasil está passando. A reforma educacional atualizou o currículo do país, tornando-o menos teórico e mais prático, oferecendo oportunidades de um sistema mais vocacional e promovendo a digitalização da prática de ensino. Professores começavam a ter incentivo do governo para seu desenvolvimento próprio e para promoverem a evolução tecnológica de seus alunos.

Essa evolução do ensino na Ucrânia levou o governo a atrair mais alunos internacionais para suas instituições. Com programas como Engenharia e Medicina, com investimento a partir de três mil e quinhentos euros por ano para os 6 anos de curso, lecionado em inglês, o país começou a atrair alunos para estas áreas, assim como para as áreas de Aviação e programas de MBA.

Porém, a partir do momento em que se iniciou a tensão entre Ucrânia e Rússia, muitos de nossos parceiros da indústria da educação começaram a nos avisar sobre como a guerra vêm afetando de forma desastrosa a população.

Segundo o diretor da Agência Educacional Ucraniana, Maher Zidan, “… grande parte do tempo estamos dentro de abrigos ou em bunkers, enquanto bombas caem sobre nossas cabeças. O som dos alarmes de bombas silencia nossa razão no momento. Peço aos meus amigos brasileiros para rezarem pela humanidade, rezem pela Ucrânia”.

No ano passado, eu falava com Max (como Maher gosta de ser chamado) sobre as incríveis oportunidades a que os nossos alunos teriam acesso na Ucrânia, com um dos mais altos padrões de educação do mundo. Além de acesso a um ambiente de trabalho com abordagem humana e sustentável, garantindo a construção de uma carreira internacional incrível. E, infelizmente, neste momento ele e sua família buscam resguardar as questões mais básicas de sobrevivência.

Espero que essa guerra acabe logo, restaurando a paz e a convivência para que a população ucraniana volte a dormir em paz, frequentar suas escolas e universidades e crescer como um país em desenvolvimento e com muito sucesso pela frente. E que o mundo volte a ter uma maior tranquilidade, pois o efeito borboleta desta guerra afeta a todos.

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