A imensidão das pequenas coisas

Ofereça sua ajuda, de forma prática e objetiva, sem julgamentos

Algo muito comum nos meus “períodos de vale” foram episódios nos quais pequenas questões cotidianas se transformavam em “obstáculos intransponíveis”.

Uma lâmpada queimada no jardim, uma torneira pingando ou o cachorro que precisava ser vacinado: essas pequenas coisas me tiravam o pouco sono que eu tinha. A ideia de sair de casa, comprar uma lâmpada e trocar aquela queimada não era viável. Eu não conseguia. Eu não era capaz de chamar alguém para consertar a torneira. Eu sequer podia imaginar levar o cachorro ao veterinário. Eram tarefas que eu não tinha condições de cumprir. Mas que também não conseguia esquecer e deixar para lá. Elas me atormentavam dia e noite, o tempo todo. Minha mente funcionava assim: lâmpada do jardim queimada = casa assaltada; torneira pingando = conta de água de 15 mil reais; vacina atrasada dez dias = cachorro morto subitamente. Não eram hipóteses, eram fatos!

A única saída foi contar com o apoio prático e objetivo de quem pôde me dedicar algumas horas do seu dia, enquanto eu cuidava do problema maior, aquele que fazia com que todas essas pequenas coisas tomassem proporções imensas: a depressão. Alguém que, sem me questionar ou me dizer que eu deveria parar de frescura, resolveu aqueles problemas para mim, naquele momento.

Talvez você possa, hoje, ser esta pessoa para alguém que não está bem.

Talvez você possa investir algum tempo do seu dia para resolver algumas pequenas-imensas questões que estão atormentando quem está em sofrimento.

Ofereça sua ajuda, de forma prática e objetiva, sem julgamentos. Ela será muito valiosa e pode salvar uma vida!

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