Teto de vidro trincou

Companhia das Letras solta em abril nova tradução do Diário de Anne Frank

Depois de anos de tentativas, a Companhia das Letras solta pelo selo Zahar, em abril, uma nova tradução do Diário de Anne Frank, traduzida diretamente do holandês por Karolien van Eck, uma nativa holandesa tradutora de português e frequente colaboradora da Casa de Anne Frank, e Ana Iaria. A edição se chamará Querida Kitty – Um Romance Epistolar.

A briga sobre se o diário está em domínio público ou não é longa, antiga, e complicada. O diário possui muitas versões, que são motivos de disputas judiciais mundo afora.

Procurada pela coluna, a Companhia diz que comprou os direitos direto da Casa de Anne Frank, em Amsterdã, que organizou todo o material. Mas a editora acrescenta que considera que o texto da Anne Frank propriamente dito está em domínio público.

A editora Record há décadas detém os direitos e há alguns anos se blinda de possíveis edições por outras casas. Se a compra de briga da Companhia realmente vingar, gerará um efeito cascata em outras editoras, semelhante ao boom de reedições de George Orwell, que desejam abocanhar uma fatia de um dos maiores best-sellers mundiais.

FALANDO EM ANNE FRANK…

O museu Casa de Anne Frank foi criado em 1960 e é localizado no prédio onde a jovem, sua família e outras quatro pessoas judias ficaram escondidos durante a ocupação nazista em Amsterdã. Crédito da foto: Museu Casa de Anne Frank.

A editora Globo comprou os direitos de Na het Achterhuis (Após o Diário, numa possível tradução), do historiador holandês Bas von Benda-Beckmann. Lançado em novembro do ano passado na Holanda, o livro dá uma nova luz aos dias finais de Anne Frank e todas as pessoas no esconderijo.

Com base nos quadros clínicos, depoimentos, e outras documentações, Benda-Beckmann conclui que Anne Frank e sua irmã não morreram no final de março de 1945, como sempre se imaginou, mas sim em meados de fevereiro de 1945 em Bergen-Belsen.

PAÍS BASCO

Karmele Jaio.

A Instante lança no segundo semestre A Casa do Pai, de Karmele Jaio (tradução de Fabianne Secches). O romance conta história de um escritor com bloqueio criativo que tem que cuidar da mãe acidentada e lidar com o pai, e retrata a questão de gênero no mundo contemporâneo. Jaio é uma das autoras mais vendidas do País Basco e ganhadora de diversos prêmios.

ELE ESTÁ DE VOLTA

Patricia Highsmith.

A Intrínseca começa a reeditar as obras de Patricia Highsmith com seu personagem mais famoso, Tom Ripley. E abril saem O Talentoso Ripley (tradução de José Francisco Botelho) e Ripley Subterrâneo (tradução de Fernanda Abreu).

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