Bom senso e canja de galinha, sempre!

Eu não gosto de polaridade nem de gente chata que acha que tá sempre certa

Essa coisa de todo mundo dar opinião tá chato mesmo ou eu estou mais chata do que sempre fui? Tenho certeza que alguns amigos mais fiéis votam na segunda opção.

Confesso que, às vezes, faço essa pergunta logo ao abrir os olhos. Nos dias de hoje, é um tal de palpite pra lá e pra cá que cansa até a beleza mais bela.

Se escrever sobre de política nas redes, então, ou logo depois você aperta o botãozinho do phod-se ou prepara o humor porque ele vai lá no pé. Qualquer que seja o comentário gera uma enxurrada de opiniões a favor e contra.

Você é chamado de direitista, esquerdista, comunista, conservador, socialista tudo junto e misturado. Se for de esquerda é taxado de petista. Se for de direita, bolsonarista. Se não for nem uma coisa, nem outra você é sem noção mesmo. Não gosta de política, odeia seu país e ainda empobrece a nobre “discussão”.

Pior são as pessoas que além de dar opinião, xingam as outras na rua e acreditam que isso não é falta de educação, mas um dever cívico. Uma amiga foi chamada de feia e mal amada porque repreendeu um senhor no supermercado que tirou a máscara para espirrar.

Oras, tenha a santa paciência. Ela foi muito educada e engoliu a desfeita. Acho que eu mandaria ele fazer outra coisa com a máscara, que não cabe explicar aqui.

Eu não gosto de polaridade nem de gente chata que acha que tá sempre certa. Tenho a impressão que essas pessoas nunca tiveram unha encravada e nunca soltaram pum.

Certo ou errado. Esquerda ou Direita. Uma amiga mineira que já faz parte da família sempre diz que toda história tem três lados. O meu, o seu e o certo.

A convivência democrática respeitando as opiniões e os limites de cada um é fundamental em qualquer momento e principalmente nessa época em que as rusgas e a angústia parecem ceder lugar ao bom senso. Aliás, duas coisas que sempre fazem bem: bom senso e canja de galinha.

Aos mais empolgados que sempre têm opinião e empinam o nariz achando que a “sua” certeza é dona do mundo, um aviso: a vida muda e a fila anda.

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