A Câmara de Curitiba deixou para a semana que vem a discussão do projeto que permite a contratação de servidores temporários na prefeitura. Enviado pelo prefeito Rafael Greca (DEM), o projeto modifica a Lei Orgânica do município: hoje, a prefeitura só contrata por concurso.
A contratação por processo seletivo simplificado (PSS), como acontece no governo do estado, deverá servir para repor principalmente professores. O sindicato da categoria estima que o município tenha hoje um déficit de mil professores na rede.
A votação estava marcada para esta quarta, mas em cima da hora a prefeitura pediu adiamento. A categoria tinha enviado representantes ao plenário para protestar. Os servidores acham que a contratação de temporários é prejudicial, pois os PSS não têm estabilidade nem outros benefícios.
O pedido de adiamento, feito pelo vereador Osias Moraes (PRB), que no momento atuava como líder do prefeito, causou uma certa confusão. Tito Zeglin (PDT), que presidia a sessão, botou o requerimento em votação ao modo clássico, pedindo que os vereadores contrários se manifestassem. No entanto, não esperou sequer um segundo antes de dizer que o requerimento estava aprovado.
A oposição chiou e exigiu que a votação acontecesse de novo. “Eu nem tive tempo de levantar”, disse o vereador Professor Euler (PSD), um dos sete que acabaram votando contra o requerimento na segunda votação.
Para a Professora Josete (PT), a proposta foi adiada porque a prefeitura sabe que não conseguiria maioria para aprovar o projeto. A votação agora está marcada para segunda-feira, 1º de abril, às 9h.
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