Veja como a ditadura testava a “fidelidade” nas estatais

O site Documentos Revelados, de Aluizio Palmar, citado pelo Plural nesta segunda como fonte do dossiê sobre Jair Bolsonaro (PSL), marcou mais um gol na semana passada. Mostrou como era a “seleção ideológica” para postos importantes no governo durante a ditadura. O caso usado como exemplo é de 1978, no governo Geisel.

Em três documentos, a página revela a investigação feita sobre um candidato a um posto em estatal. No caso, tratava-se de um indivíduo que estava sendo conduzido para a diretoria de Obras da telefônica do Pará, a Telpa, uma subsidiária da Telebrás.

Uma das questões, por exemplo, dizia respeito à postura do candidato em relação à “revolução” de 64. Era integrante, adesista, contrarrevolucionário? Ou não tinha posição conhecida sobre o tema? (Imagina-se que isso fosse grave…)

Qual era a posição política do candidato? Era um democrata, um esquerdista ou um comunista? Havia registro de alguma atividade subversiva da parte dele? No caso divulgado, o sujeito passou por todos os testes e pôde ser “aproveitado”.

Veja abaixo um dos documentos a ser preenchidos para a contratação. O restante pode ser visto aqui.

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