Todo mundo quer disputar o Senado na chapa de Ratinho

Alvaro Dias, Guto Silva, Alex Canziani e Paulo Martins estão entre os pretendentes à vaga de Senado; governador ainda conversa com todos

Todos os partidos do Paraná parecem ter chegado a uma mesma conclusão: só terá chance de se eleger para a vaga do Senado, em outubro do ano que vem, quem tiver o apoio ou de Ratinho Jr. (PSD) ou de Lula (PT). Na centro-direita, surgiram nos últimos meses diversos candidatos que tentam se aproximar do governador, na intenção de acompanhar sua tentativa de reeleição. O problema é: existe apenas uma vaga na chapa.

O nome mais evidente para uma composição seria o de Alvaro Dias (Podemos). O atual mandato de Alvaro no Senado (seu quarto) termina no ano que vem, e caso ele tenha pretensões de continuar em Brasília, sabe que esse é o caminho mais curto. Alvaro esteve em julho junto com os dois outros senadores do Paraná (Oriovisto Guimarães e Flavio Arns, ambos correligionários de Podemos) falando com Ratinho sobre isso. Nada foi fechado, claro: ainda é muito cedo. Mas a conversa foi iniciada.

Embora não seja dito com todas as letras, o Podemos deixa implícito que tem um plano B para a eventualidade de Ratinho não topar o acordo. A saída seria uma chapa própria, com o ex-prefeito de Guarapuava, César Silvestri Filho, presidente do partido no Paraná, disputando o governo. “Se o Ratinho for habilidoso, vai concorrer quase sozinho ao governo. Mas tem que perceber que não pode dar a vaga do Senado ao próprio partido”, diz um político do Podemos.

E há sim candidatos à vaga dentro do PSD de Ratinho. O nome mais forte é o do atual chefe da Casa Civil, Guto Silva – que embora nunca tenha se lançado como pré-candidato é visto como uma opção natural dentro do partido. O deputado federal Paulo Eduardo Martins, com uma postura mais liberal e bastante próximo a Ratinho, deixa claro a quem quiser ouvir que também pretende oferecer seu nome.

Há duas semanas, o ex-deputado Alex Canziani também entrou no jogo. Ao sair do PTB, de onde foi praticamente expulso por Roberto Jefferson junto com sua filha, a deputada federal Luísa Canziani, se filiou ao PSD de Ratinho e já de cara disse que sua pretensão, caso possível, seria a candidatura ao Senado. Em 2018, Canziani concorreu à vaga e terminou em quarto lugar, atrás dos dois eleitos e de Roberto Requião.

Dentre os outros interessados, destaca-se o grupo de Ricardo Barros (PP), que poderia ter o próprio ex-ministro, ou sua esposa, a ex-governadora Cida Borghetti (PP) disputando o Senado. No entanto, as denúncias feitas contra o deputado na CPI da Covid, envolvendo possível negociação de propinas para compra de vacinas, deixaram a possibilidade mais remota.

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