Há um ano de eleição municipal, a equipe de Rafael Greca (DEM) analisa com cuidado as principais candidaturas de oposição. E a conclusão é de que a ameaça à reeleição vem mais da direita do que da esquerda. Os dois principais adversários de Greca seriam o deputado federal Ney Leprevost (PSD) e o estadual Fernando Francischini (PSL).
Leprevost, que inesperadamente bateu Gustavo Fruet (PDT) e chegou ao segundo turno em 2016, é visto como um candidato moderadamente forte, mas que poderia se tornar um problema para Greca caso consiga consolidar o apoio do governador Ratinho Jr. (PSD). Correligionários, os dois têm se mantido leais, e Ratinho chamou Ney para ser secretário de seu governo.
Caso Leprevost não consiga um apoio consistente do Palácio Iguaçu, a impressão dos aliados de Greca é que só Francischini teria força para bater de frente com o prefeito. Aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado fez mais de 400 mil votos em 2018 e se tornou um ícone da extrema direita, com um discurso semelhante ao do presidente.
Já à esquerda, o nome de Gustavo Fruet é visto pelos assessores de Greca como uma ameaça menor. Sem partidos a que possa se aliar, o ex-prefeito também não teria base na Câmara Municipal. Para um assessor ouvido pelo Plural, hoje o deputado estadual Goura, que também se coloca como pré-candidato, seria visto como alguém capaz de amealhar mais apoios e roubar mais votos de Greca do que Fruet.