Sergio Moro assina documento que deve extraditar refugiados paraguaios

No Twitter, ministro da Justiça comparou caso ao de Cesare Battisti

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou via Twitter que assinou documento cancelando o status de refugiados de três paraguaios que estavam no Brasil havia 16 anos. A história deles foi contada em uma reportagem de Felippe Anibal, pouco antes da decisão do Conselho Nacional de Refugiados de retirar deles o direito de permanecer no país.

Juan Arrom Suhurt, Anuncio Martí Mendez e Victor Colman Ortega eram líderes do partido Patria Libre – de esquerda – e, de acordo com o processo, foram sequestrados por policiais, militares e agentes do governo, em 17 de janeiro de 2002.

Eles alegam ter sido torturados para que confessassem envolvimento no sequestro da mulher de um dos empresários mais ricos do país, ocorrido no ano anterior. Colman ficou detido por poucas horas. Arrom e Martí permaneceram em cárcere privado por 14 dias.

Em sua postagem, Moro comparou o caso deles com o de Cesare Battisti, também extraditado no governo de Jair Bolsonaro (PSL) e deu a entender que vem mais por aí.

“O Brasil não será mais refúgio para estrangeiros acusados ou condenados por crimes comuns (no caso, extorsão mediante sequestro), seja de Battisti, Arrom, Martí ou de outros. A nova postura é de cooperação internacional e respeito a tratados. Aqui não é terra sem lei”, disse Moro.

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