Depois de dar 40 dias para que as prefeituras do Litoral fizessem o corte da restinga em suas praias, Ratinho Jr. (PSD) revogou o decreto que deu essa autorização. Publicada em Diário Oficial neste dia 18, a revogação não informa os motivos e simplesmente anula o decreto de 8 de janeiro.
A revogação se dá em parte por pressão da sociedade. Ministério Público e Ongs protestaram com veemência contra a decisão de Ratinho, afirmando que se tratava de crime ambiental. Uma carta de pesquisadores de várias áreas da UFPR mostrou a impropriedade da ação.
No entanto, revogar o decreto depois que várias prefeituras já tiveram o tempo necessário para deformar as áreas de proteção ambiental parece resolver apenas metade do problema. Daqui para frente, ninguém mais pode fazer. Mas e o que já foi feito?
Ratinho e seu secretário de Desenvolvimento Sustentável, Márcio Nunes (PSD), dizem que o objetivo era evitar que a restinga se transformasse em matagal, o que facilitaria a transmissão de doenças e a ocultação de crimes e criminosos. Márcio Nunes chegou a gravar um vídeo criticando que as casas à beira-mar agora ficavam à beira-mato.