Faltando menos de um mês para o fim do mandato, a Comissão de Ética da Câmara de Curitiba decidiu adiar por uma semana a discussão do caso da vereadora Fabiane Rosa. Nesta quarta-feira (2), o vereador Marcos Vieira (PDT) apresentou seu parecer pela cassação do mandato da vereadora, acusada de se apropriar de parte dos salários dos comissionados de seu gabinete.
Fabiane, que chegou a ser presa pela acusação, não pôde se candidatar à reeleição depois de ser expulsa de seu partido. A situação ficou insustentável para ela depois do vazamento de vídeos e áudios em que ela era ouvida exigindo que funcionárias fizessem depósitos de salários em sua conta, supostamente para ajudar em seu trabalho de assistência a animais.
Fabiane foi eleita em 2016 com base na causa da defesa animal – assim como Kátia Dittrich (SD), outra vereadora acusada de se apropriar indevidamente de valores e que acabou não se reelegendo. A vereadora conseguiu ser solta da cadeia mas ainda enfrenta um processo criminal que, em tese, pode levá-la novamente a ser presa.
De acordo com o relatório de Marcos Vieira, há elementos suficientes para a cassação do mandato. No entanto, três vereadores acharam por bem pedir vistas ao processo. Geovane Fernandes, Paulo Rink e Rogério Campos têm até a semana que vem para devolver o parecer – quando, então, a comissão deve decidir se aprova ou não a recomendação de que o mandato seja cassado.
Mesmo que o processo passe na comissão, a punição ainda depende de uma aprovação em plenário. Como este é o último mês da atual legislatura (os novos vereadores tomam posse em 1º de janeiro), a probabilidade de que o caso jamais venha a ser julgado parece grande.