Um dos resultados da eleição municipal deste ano no Paraná é definir o tamanho que Ratinho Jr. (PSD) terá daqui a dois anos, quando chegar a hora de eleger seu sucessor. Hoje, tudo indica que o governador vai ganhar várias das principais cidades do estado, e com isso só aumenta seu cacife para 2026.
O prefeito de Curitiba, claro, sempre é quem tem mais peso para ajudar um governador – e até agora o plano de Ratinho de eleger um clone seu na capital tem ido de vento em popa. A dependência de Eduardo Pimentel (PSD) em relação a Ratinho é absoluta, e isso só ajuda o governador.
Pimentel, por si só, nem existiria. Foi Ratinho Jr. quem bancou a entrada dele no partido, mesmo tendo que rifar Ney Leprevost no caminho. Na campanha deste ano, foi Ratinho quem articulou tudo, junto com Rafael Greca e Alexandre Curi. Pimentel não escolheu o vice, não definiu nada: se resumiu a fazer o que lhe mandam.
Em Londrina, o candidato do grupo, Thiago Amaral (PSD), também é visto como favorito. E em várias cidades grandes como Ponta Grossa, São José dos Pinhais e Cascavel, o governador tem chances reais de emplacar seus favoritos.
Para a eleição estadual, isso pode significar quase um monopólio a favor do time de Ratinhoi. O senador Sergio Moro (União) tem ainda o sonho de eleger Ney Leprevost na capital, mas não anda fácil. E a esquerda, então, deve ficar com quase nada no estado.
Ou seja: se tudo for como parece, Ratinho terá pouco trabalho para eleger quem ficará no seu lugar. E aí vai ser aquela aglomeração de candidatos tentando ver quem consegue o apoio oficial. Péssimo para a democracia, mas é o que temos para hoje.