Um projeto de lei que prevê a instalação de catracas e detectores de metal nas escolas de Curitiba foi devolvido ao autor, nesta terça (4), por estar incompleto. O vereador Ezequias Barros (PRP) não teria oferecido informações suficientes sobre o custo que isso traria ao município.
A proposta condiciona o ingresso nas escolas à passagem pelo detector de metais e à inspeção visual de pertences, em caso de suspeita. As escolas municipais cuidam de crianças até a quinta série.
Ao ser questionado sobre o preço da iniciativa, Ezequias diz que os valores ainda não foram levantados, “mas que é barato, qualquer supermercado tem”, confundindo o detector de chip de mercadorias com os detectores de metal dos bancos.
Uma rápida pesquisa no Google revela que cada detector de metal pode custar cerca de R$ 4,5 mil. Segundo o vereador, a compra e instalação dos aparelhos é uma “questão de vontade” e poderia ser feita com recursos estaduais ou federais.
O vereador acrescenta ainda que a proposição é autorizativa e não obrigatória, e que apenas as escolas em que se considerar mais necessário instalarão os equipamentos.
Entretanto, o texto do projeto de lei emana obrigatoriedade com a concessão de prazo “para que todas as escolas municipais que se enquadrarem nos critérios estabelecidos […] adotem a medida” e a intenção de “tornar obrigatória a inspeção de pertences e a passagem de todos por detectores de metais antes de adentrar o estabelecimento de ensino.”