Prefeituras pressionam Ratinho a desistir de provas para PSS

Sete cidades tomaram iniciativas para que governo suspenda provas

Prefeituras de todo o Paraná começam a fazer pressão para que o governo do estado desmarque as provas de seleção de professores temporários, marcadas para o próximo dia 13. O Plural apurou que sete cidades onde as provas deveriam ser realizadas tomaram algum tipo de iniciativa para que as provas não sejam realizadas.

A prova presencial deve escolher 4 mil professores para vagas temporárias de um ano na rede estadual de ensino. Há 47 mil inscritos. O governo agendou a realização das provas para as principais cidades do estado, onde funcionam as sedes dos 22 Núcleos Regionais de Educação.

A primeira prefeitura a dizer que não vai realizar as provas em função de contágio por coronavírus foi Paranavaí. Em Curitiba, o decreto publicado na semana passada pelo prefeito Rafael Greca (DEM) passando a cidade para a bandeira laranja também em tese impede a realização das provas.

Cinco outras prefeituras enviaram documentos oficialmente solicitando informações à Secretaria de Educação sobre a realização das provas num momento de pandemia. No entanto, nos bastidores sabe-se que todas essas cidades na verdade fazem pressão para que o governo desista dos testes.

Cianorte, Maringá, Londrina, Cornélio Procópio e Campo Mourão pretendem usar os pedidos de explicação para afirmar que não há condições sanitárias de realizar as provas. O governo do esdtado, por seu lado, colocou a Secretaria de Educação e de Saúde para convencer os municípios a fazer sua vontade.

A seleção dos temporários sempre foi feita exclusivamente por meio da análise de currículo. O atual secretário de Educação, Renato Feder, porém, já tentou implantar a prova no ano passado. A pressão da APP-Sindicato derrubou a iniciativa. No entanto, neste ano, a pandemia tornou mais difíceis as mobilizações contra o novo sistema.

Até o momento, o governador Ratinho Jr. (PSD) não dá sinais de que vá ceder e atender ao apelo de prefeitos e professores. Em Curitiba, dezenas de professores chegaram a fazer oito dias de greve de fome em frente ao Palácio Iguaçu para sensibilizar o governador, sem efeito.

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