O deputado Plauto Miró (DEM) passou curiosamente para a oposição nesta segunda-feira, e com estrondo. Já na sua primeira aparição como ex-governista, discursou no plenário da Assembleia Legislativa cobrando do governador Ratinho Jr. (PSD) o uso de um avião da Copel.
Plauto, que durante a campanha chegou a pedir permissão para seu partido para poder “trair” a coligação e apoiar Ratinho, agora não quer nem saber do governo. Os mais cínicos dizem que a passagem para a oposição teria a ver com a perda de cargos.
Até o ano passado, Plauto era primeiro-secretário da Assembleia, um posto de destaque. Agora, para que se acomodasse Luiz Claudio Romanelli (PSB), ele foi rebaixado a vice-presidente. A função, menos importante, traz também menos benesses.
Fato é que Plauto deu trabalho para o líder do novo governo, Hussein Bakri (PSD). O neo-oposicionista disse que de nada adiantava devolver o avião alugado da Helisul, como Ratinho fez, e continuar perambulando com a aeronave da estatal.
Hussein rebateu que o acordo entre a Copel e o governo permite o uso e que não há nada de errado nisso – até porque o governador precisa se deslocar de alguma forma.
Entre os deputados mais experientes, o oposicionismo de Plauto é visto como virose de curto prazo. Assim que perceber que não tem mais caneta e que ninguém está dando tanta importância assim para a mudança de lado, terá de sossegar.
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