Pesquisa mostra que brasileiro prefere “ordem” a liberdade de expressão

Só 44,5% disseram que a democracia é o melhor modelo de governo

O que é mais importante: que o governo “mantenha a ordem” ou “garanta a liberdade de expressão”? Uma pesquisa do Instituto Sivis mostra que os brasileiros, se tiverem que optar, preferem a “ordem”. Ou seja: um governo autoritário que bote ordem nas coisas parece ser visto como mais importante do que essa tal democracia. Os entrevistados que preferiram a ordem foram 40,8%. Os que preferiram a liberdade de expressão, menos da metade disso: 17,9%.

É a segunda pesquisa de uma série, que pretende ver como a pandemia afeta acultura política brasileira. A primeira rodada ocorreu no ano passado e a última será feita em 2022. A pesquisa foi idealizada por pesquisadores da World Values Survey Association e aplicado no Brasil pelo Instituto Sivis em parceria com o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), e o apoio financeiro da Embaixada dos Países Baixos e do Instituto Votorantim.

A formulação da “manutenção da ordem” indica a possibilidade de o governo passar por cima das leis, do congresso e das instituições com o objetivo de “resolver problemas e melhorar a vida da população”. Enquanto na primeira fase do levantamento, 25,1% dos respondentes disseram concordar totalmente com a intervenção, na segunda etapa, o índice aumentou para 26,4%.

A pesquisa também mostrou que apenas 44,5% dos 1992 entrevistados concordam que, “apesar de ter alguns problemas, a democracia é preferível a qualquer forma de governo”.

Outro dado: houve leve crescimento nos extremos da avaliação sobre o governo no enfrentamento da pandemia: o percentual de indivíduos que avalia o governo muito bem passou de 6,4% para 7,8%, enquanto o de indivíduos que o avalia muito mal foi de 35,8% para 38%.

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