“Os vereadores não se elegem porque a Câmara não se dá o respeito”, diz Goura

Goura passou longe de ser o vereador mais votado de Curitiba. Mas dois anos depois, bateu todos os colegas e foi o único a se eleger deputado? Por quê? Segundo ele, por não se submeter a Greca.

Na eleição de outubro, 19 vereadores de Curitiba se candidataram a deputado – 17 a estadual, dois a federal. Apenas um se elegeu. Curiosamente, não foi um dos vereadores mais votados na eleição anterior.

Goura (PDT) tinha perdido para 17 colegas de Câmara na eleição municipal. Dois anos depois, ganhou de todos eles. Nesta sexta, bem à sua maneira, o deputado hare krishna chegou para a posse na Assembleia de bicicleta.

Mas o que possibilitou a ascensão de Goura, e o que causou a estagnação de seus pares? Segundo ele, a diferença pode ter sido a independência.

O pedetista diz que a Câmara “não se dá o respeito” e que os colegas muitas vezes se submetem ao prefeito por medo de ficarem sem verbas ou sofrerem ostracismo político. Quando, na verdade, o que se dá é o contrário.

Goura começou como “independente”, mas depois do ajuste fiscal de Rafael Greca (PMN), passou para a oposição. Fiscalizou o prefeito, que acabou lhe dando várias indiretas: criticava os “agourentos” que só atrapalhavam.

No mandato estadual, Goura promete levar adiante o mesmo tipo de pauta que defendeu na Câmara: bicicletas, combate à violência obstétrica, meio ambiente. A típica pauta da centro esquerda europeia, que vai chegando agora ao Brasil.

Veja os principais trechos da entrevista.

Trabalhos técnicos de Bruna Alves Teixeira.

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