A mirrada oposição a Ratinho Jr (PSD) tenta bolar uma estratégia que, embora mirabolante, possa jogar a votação da Reforma Previdenciária para 2020. Ou, no limite, fazer o governo perder a parada, o que parece quase impossível.
O primeiro passo do plano é alongar o quanto mais a discussão, impedindo que o governo use a ampla maioria para pegar atalhos e reduzir os prazos impostos pela Constituição.
O segundo passo seria, no processo, mobilizar sindicatos e também o pessoal das prefeituras, que segundo os deputados ainda não percebeu que vai entrar também na dança.
Depois, seria preciso convencer os deputados que se dizem independentes e alguns membros da bancada da bala, que devem sua eleição basicamente a policiais – ou seja, a funcionários públicos.
Por fim, além de usar todas as manobras regimentais, a oposição espera contar também com a ânsia dos governistas em deixar a capital e partir para o recesso, no interior ou no exterior.
Como a votação é qualificada, exige 33 parlamentares para a aprovação da PEC. Se o pessoal partir para as férias, pode ser que Ratinho passe aperto com o quórum.