O Missionário Ricardo Arruda (PSL) protocolou um projeto de lei que evidentemente não tem nem como passar na CCJ, mas que mostra a quantas anda o gosto pela democracia entre os bolsonaristas.
Lido nesta quarta-feira em plenário, o projeto impede que diretores de escolas, universidades e órgãos de pesquisa de opinião de se filiarem a partidos políticos. Seriam cidadãos pela metade, porque afinal, cassar direitos políticos é sempre uma atividade divertida.
Arruda, claro, é daqueles que acham que a escola está sendo tomada por perigosos comunistas gramscianos que doutrinam nossos filhos. Uma doutrinação que deu certo a ponto de levar a extrema direita ao poder, sabe-se lá como.
O deputado é sempre o mais estridente antiesquerdista da Assembleia, tendo chegado a acusar Gleisi Hoffmann de atirar contra o ônibus da caravana de Lula durante sua passagem pelo Paraná.
Curiosamente, o projeto não fala nada sobre a vida partidária de dirigentes de igrejas.
Vai bem a nossa Assembleia.