Luciano Hang se dá mal em bate-boca com jornalista

Luciano Hang, o excêntrico dono da Havan, foi usar o trabalho de uma jornalista paranaense para falar mal das universidades públicas do país – e se deu mal. O caso se deu no Twitter.

Em sua conta, Hang, um histriônico bolsonarista, fez o velho discurso de que as universidades são antros de comunistas etc. E usou para ilustrar o caso da estudante (hoje jornalista profissional) Débora Sögur Hous, que descobriu sozinha um esquema de desvio de dinheiro da UFPR.

Débora respondeu falando duro com o bilionário. Contou que foi parar na Folha de S.Paulo cobrindo eleições depois daquela reportagem. E que agradece muito à UFPR pela formação que recebeu em seus tempos de estudante. Disse que sem a formação recebida dos professores, sem a biblioteca e sem a bolsa de cotista, jamais teria aprendido a fazer o trabalho que a levou a desvendar o esquema.

Débora disse mais: chamou Hang de desonesto e disse que o empresário só promove a desinformação com esse tipo de tuíte. Segundo ela, os servidores implicados no esquema de corrupção nada tinham de “comunistas” e em alguns casos as pessoas jamais haviam pisado na universidade. E terminou dizendo que o problema da educação nunca foi o comunismo, e sim a falta de investimentos.

Aliás, é bom destacar: depois de revelado, o esquema foi investigado pela UFPR e 13 pessoas foram punidas. Ou seja: não houve impunidade nem condescendência da universidade com o caso de corrupção.

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