Nelson Justus (DEM) ainda não se conformou com a derrota na disputa pela CCJ da Assembleia. Anda tentando as artimanhas mais improváveis do manual para tentar dar a volta por cima. Entre elas, está a ideia de promover uma eleição secreta, na tentativa de que os deputados comprometidos com Francischini (PSL) possam virar o voto em sigilo.
Justus acha que na verdade ganharia fácil a eleição, não fosse a intromissão de Ratinho Jr. (PSD). “Nunca ninguém tinha visto o governo interferir na eleição de uma comissão. Na Mesa, sim, mas em comissões nunca vi”, diz um deputado experiente.
Nesta quarta-feira, oito deputados apresentaram um documento se comprometendo a votar em Francischini, o que encerra o caso – a CCJ tem 13 votos, e um deles já é a anunciada abstenção de Tadeu Veneri (PT). Justus ficou só com o voto dele e mais três.
Na segunda-feira, o deputado receberá amigos que tentarão fazer com que ele desista. Ainda renitente, Justus receberá a proposta de comandar a comissão de orçamento, ou a de finanças, como prêmio de consolação. Mas ninguém ainda sabe como ele reagirá a isso.