A Justiça Estadual determinou o bloqueio de R$ 164 mil em bens do deputado estadual Plauto Miró (DEM) por supostas irregularidades em gastos com alimentação pagos com verba de ressarcimento da Assembleia Legislativa.
De acordo com a decisão, o deputado pediu reembolso de despesas realizadas em estabelecimentos de Curitiba, cidade sede da Assembleia, sendo que a resolução previa devolução apenas dos valores gastos em viagens.
A norma foi alterada neste ano, permitindo despesas em qualquer cidade, desde que o político esteja em atividade parlamentar. Mas a ação promovida contra Plauto se refere aos valores de 2014 a 2019.
Durante o período, Plauto teria usado a verba de forma indevida. Segundo denúncia da Organização Não Governamental Vigilantes da Gestão Pública, que acompanha as despesas públicas dos parlamentares, o deputado pediu a devolução dos valores gastos “em bares e locais de recreação e lazer”, além de supermercados, padarias e lanchonetes da capital.
Consta ainda na decisão do juiz Guilherme de Paula Rezende, da 4a Vara da Fazenda Pública de Curitiba, que o valor ultrapassa o limite de R$ 31 mil em verbas de ressarcimento durante o mandato.
A assessoria do parlamentar afirmou que se pronunciará sobre o assunto quando o deputado for notificado.
Plauto não foi único deputado paranaense denunciado pela ONG por irregularidades com a verba de ressarcimento. No último dia 19, Anibelli Neto teve seus bens bloqueados no valor de R$ 175 mil.