Greca diz que mortalidade infantil de Curitiba é “nórdica”. Infelizmente, não é

Países escandinavos chegam a ter um terço dos óbitos de Curitiba; veja dados

O prefeito Rafael Greca (DEM) cometeu um erro grosseiro ao comparar as taxas de mortalidade infantil de Curitiba com a de países da Escandinávia. Não é a primeira vez que Greca usa essa distorção: ao afirmar que Curitiba tem 6 mortes de crianças a cada mil nascidos, diz que o índice é comparável ao de países nórdicos.

Comparando com outras cidades e regiões do país, o indicador curitibano de fato é bom. Mas está muito longe do comparativo que o prefeito pretende.

Segundo os dados do CIA World Factbook, os 6,5 de Curitiba (último índice oficial divulgado) colocariam Curitiba à frente da Malásia (6,7), num empate com o Kuwait (6,5) e atrás da Rússia (5,7).

O pior índice dos cinco países nórdicos é o da Dinamarca, que tem 3,2 mortes a cada mil nascidos vivos: ou seja, metade do indicador curitibano. Os demais países estão em situação ainda melhor.

A Suécia tem atualmente 2,60 mortes por mil nascidos vivos; a Noruega, 2,34; a Finlândia, 2,15; e a Islândia, impressionantes 2,10. Ou seja: menos de um terço da taxa curitibana.

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