Gleisi diz que PT cogita de convocação de Moro a CPI

Presidente do PT diz que partido só agirá em conjunto com toda a oposição

Presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann passou a segunda-feira discutindo no partido o que fazer com o escândalo de Sergio Moro. Ideias não faltaram: de propostas de CPI a convocações para que o ministro da Justiça vá depor no Congresso. Mas a ideia é não fazer nada sem falar com os outros partidos da esquerda, até para que o petismo não se isole ainda mais.

Por telefone, a deputada falou com o blog. Leia os principais trechos da entrevista:

O que vocês pretendem fazer?
Hoje [segunda] discutimos internamente. Há várias propostas, desde convocar o ministro Moro para se explicar no Congresso até a criação de uma CPI Mista, envolvendo Câmara e Congresso. Ainda não conhecemos todas as denúncias, pelo que se diz ainda serão publicadas novas partes da reportagem. Por isso temos que analisar com calma e analisar as medidas. E também dependemos de uma conversa com os demais partidos de oposição;

A sra. pessoalmente é a favor de qual medida?
Eu acredito que certamente é o caso de uma convocação para que o Moro se explique. O juiz agir em parceria com a acusação é algo muito grave. É preciso esclarecer isso.

Há clima para CPI?
Sim, acredito que existe. Mas tudo passa por uma articulação com os demais partidos de oposição, não queremos fazer isso isoladamente, como PT. É preciso manter essa união à esquerda que estamos articulando e que tem sido bem-sucedida.

O PSL e Bolsonaro têm como abafar?
Não acredito. O Centrão tem problemas com a Lava Jato também. O PSL sozinho não tem como manobrar, até pela falta de articulação, a incapacidade política que vem demonstrando no Congresso.

A sra. acredita na anulação dos processos de Lula?
Sim, o que se revelou é muito grave. Na verdade, é o que sempre denunciamos, o partidarismo da Lava Jato. Agora está sendo comprovado. A defesa do caso está analisando e certamente vai insistir na tese da nulidade do processo e na sequência tentar a absolvição do presidente.

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