Ex-deputado estadual e apresentador de tevê, Roberto Aciolli foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão em regime semiaberto. A sentença foi publicada pelo Tribunal do Júri na noite de terça-feira (12), mas ainda não se sabe se ele vai usar tornozeleira eletrônica ou não.
Aciolli foi sentenciado por um crime cometido há 20 anos em Curitiba. Depois de começar a investigar por conta própria um roubo à loja de celulares que pertencia à ex-mulher dele, o ex-deputado atirou com um revólver calibre 38 no engraxate Paulo César Heider.
O homicídio aconteceu em 1999, na época, o ex-deputado alegou que o tiro na cabeça da vítima não foi intencional e que a arma teria disparado sem querer, depois dele ter levado uma cotovelada do engraxate. Diante disso, ele pedia para que o caso não fosse levado à Júri.
Alguns dias após o ocorrido, o apresentador foi avisado de que o suspeito do assalto tinha sido visto em um táxi que iria até o bairro Água Verde. Aciolli alcançou o veículo e fez com que a vítima descesse do carro. O tiro teria acontecido enquanto Paulo César estava de costas.
Apesar da condenação, a defesa do ex-deputado comemorou a decisão. Aciolli era réu por homicídio qualificado em motivo banal e poderia ter pego de 12 a 30 anos de prisão. O entendimento do Conselho de Senteça foi de que o réu agiu sob “domínio de violenta emoção após injusta agressão” e isso caracterizaria um homicídio simples privilegiado.
A defesa ainda pode entrar com embargos de declaração junto à juíza do caso e depois com recurso de apelação para tentar uma redução da pena imputada ao ex-deputado. Além de ter ocupado uma cadeira na Assembleia Legislativa, Aciolli foi vereador de Curitiba e segue carreira como apresentador de televisão.