Dia D do funcionalismo marca acirramento com o governo

Servidores cobram reposição de perdas inflacionárias; Ratinho deve enfrentar greve

A sexta-feira de greve marca o início de um acirramento de tensões entre o funcionalismo público paranaense e o governo do Paraná. Os sindicatos que representam os servidores deram este dia 14 como prazo máximo para que Ratinho Jr. (PSD) apresente uma proposta de reposição inflacionária. Como isso não deve ocorrer,m o mais provável é a greve por tempo indeterminada a partir do dia 25.

Neste primeiro dia de mobilização, a ideia dos servidores é aproveitar o dia de paralisação nacional contra a Reforma da Previdência para fazer um protesto em frente ao Palácio Iguaçu. Eles pedirão pelo menos os 4,94% de inflação dos últimos 12 meses. Sem reposição desde 2016, os servidores têm prejuízos acumulados de mais de 17%.

Ratinho deve propor reajuste zero, alegando dificuldades financeiras e problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Depois de várias rodadas de negociação, os servidores estão convictos de que há espaço pelo menos para a reposição dos últimos 12 meses, para evitar que os salários se deteriorem ainda mais. A resposta oficial do governo, porém, ainda não veio.

A APP-Sindicato, que representa professores e funcionários das escolas estaduais, pode decretar a greve já neste sábado (15), em assembleia. A paralisação começaria 10 dias depois. Vários outros sindicatos importantes já estão em estado de greve e até a Polícia Militar pode parar – usando o artifício de fechar os quartéis com uma barreira física de esposas dos militares.

O governo Ratinho, internamente, diz não ter condições de fazer a reposição, e trabalha inclusive para derrubar o reajuste dos demais poderes, como Judiciário, Legislativo e Ministério Público. Os servidores apostam que, caso seja colocado nas cordas, o governador será obrigado a ceder.

https://www.plural.jor.br/caixa-zero/deputados-manobram-para-manter-aposentadoria-de-governadores/

 

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