Veja os deputados do Paraná que impediram que Temer fosse julgado

Por duas vezes a Câmara negou autorização para que Michel Temer fosse investigado ainda na Presidência

Michel Temer (MDB) foi preso em São Paulo e, segundo investigação da Lava Jato, é chefe de uma organização criminosa que atua no Rio de Janeiro há 40 anos. Temer foi de um “vice decorativo” nos mandatos de Dilma Rousseff (PT), para a Presidência da República em 2016 e agora se torna um ex-presidente preso . No cargo, ele foi alvo de inquéritos relacionados à práticas de corrupção, sendo que três deles viraram denúncias formais ao STF.

O prosseguimento de duas dessas denúncias foi barrado pela Câmara dos Deputados em 2017. Em ambas as votações, a maior parte da bancada dos 30 deputados do Paraná, votou para salvar o ex-presidente de um possível julgamento.

No primeiro caso, Temer foi acusado de ser o destinatário de uma mala com R$ 500 mil em dinheiro apreendida com Rodrigo Rocha Loures, seu ex-assessor.

No segundo, foi constatado que ele era suspeito de chefiar a organização criminosa batizada de “quadrilhão do MDB”,  as acusações eram de obstrução de Justiça e também de tentativas de comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB).

Na primeira denúncia 16 parlamentares paranaenses que votaram a favor de Temer, eles são:

Alex Canziani (PTB)
Alfredo Kaefer (PSL)
Dilceu Sperafico (PP)
Edmar Arruda (PSD)
Evandro Roman (PSD)
Giacobo (PR)
Hermes “Frangão” Parcianello (MDB)
João Arruda (MDB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Luiz Nishimori (PR)
Nelson Meurer (PP)
Nelson Padovani (PSDB)
Osmar Bertoldi (DEM)
Sergio Souza (PMDB)
Takayama (PSC)
Toninho Wandscheer (PROS)

Na segunda votação, os mesmos nomes votaram a favor do ex-presidente, porém, dois parlamentares que estavam indecisos até então, também se posicionaram a favor de Temer: Osmar Serraglio (MDB) e Reinhold Stephanes (PSD). Ao barrar as denúncias contra ele, o emedebista não foi a julgamento e continuou ocupando a presidência. Entre os nomes que votaram a favor de Temer, oito continuam com mandato nessa legislatura (2019-2013).

Temer ainda responde a outros nove inquéritos. Cinco deles tramitavam no STF, por terem sido abertos enquanto ele ocupava o cargo. Com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), o ex-presidente perdeu o seu foro privilegiado e o destino das investigações contra ele foi a Justiça Federal.

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