O deputado federal Filipe Barros (Sem Partido) estrilou com a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, suspendendo a lei que proibia o ensino de ideologia de gênero nas escolas.
Autor da proposta quando era vereador em Londrina, o deputado disse que é um absurdo um ministro decidir sozinho pela suspensão de uma lei aprovada na Câmara Municipal.
Filipe Barros, amigo de Damares Alves, foi do MBL e se elegeu no rastro da onda ultraconservadora justamente por defender propostas como essa. Agora, acaba de ganhar mais palanque.
A proposta é evidentemente absurda: fala de uma expressão que não é reconhecida por nenhum teórico sério (a tal ideologia de gênero) como se isso existisse nas salas de aula.
O propósito é proibir a discussão de questões ligadas a gênero, para que não se normalize qualquer coisa que o deputado e seus eleitores considerem como desvio do padrão.
O próprio Barros no Twitter disse que o povo brasileiro é conservador e portanto quer isso.
O argumento político do ministro é perfeito: desconhecer questões de gênero só levará à ignorância e à homofobia. No entanto, é difícil dizer que o argumento jurídico se sustente.