Se os cálculos da reitoria da UFPR estiverem certos, a partir de hoje a universidade tem dinheiro em caixa para se manter aberta por mais 100 dias. Ou seja: na melhor das hipóteses, a UFPR poderia pagar luz, água, serviços de limpeza, telefone etc até agosto. Depois, seria a hora de fechar as portas.
Em 107 anos de existência a universidade – a mais antiga do Brasil – nunca passou por situação igual. O corte de R$ 48 milhões determinados pelo MEC de Abraham Weintraub impossibilita que a instituição siga funcionando.
Situação igual deve ocorrer nas três outras instituições federais de ensino superior do Paraná (UTFPR, IFPR e Unila) e nas demais universidades federais do país.
O cálculo dos dias até o fechamento não é exato, como lembra o reitor Ricardo Marcelo Fonseca, porque depois de ficar dinheiro a universidade talvez ainda conseguisse manter os serviços por algum tempo. Mas seria uma questão de negociação e sorte e que certamente não se manteria indefinidamente.
O que pode salvar a UFPR e suas universidades irmãs é a mudança de ponto de vista do MEC. O que, até agora, não parece perto de acontecer.
Por isso, o Plural começa hoje aqui essa contagem regressiva, até para mostrar a importância de que algo mude.