O ex-prefeito de Guarapuava Cesar Silvestri assinou nesta terça-feira (18) sua ficha de filiação no PSDB. A intenção dos tucanos é que ele seja candidato ao governo do Paraná em outubro, contra Ratinho Jr. (PSD), que tenta a reeleição.
A filiação de Silvestri contou com a participação de João Dória, governador de São Paulo, e do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. O ex-governador Beto Richa, pré-candidato a deputado federal pelo partido, também esteve presente.
Segundo Silvestri, que já chegou a se lançar como pré-candidato em 2018, o projeto de sair para o governo vinha sendo levado adiante em seu antigo partido, o Podemos. No entanto, tudo indica que a legenda vai acabar apoiando a reeleição de Ratinho.
Em entrevista ao Plural, Silvestri disse que a candidatura mostra que o PSDB segue um rumo diferente no estado. Enquanto a maior parte dos partidos busca aliança ou com Bolsonaro ou com Moro, o partido resolveu ter um palanque próprio, com Dória saindo candidato a presidente e um candidato a governador.
Segundo ele, os tucanos poderiam inclusive ter chapa completa, lançando o deputado federal Valdir Rossoni para o Senado. Mas isso ainda depende de uma construção de alianças.
Sobre um possível constrangimento com a participação de Beto Richa na chapa, depois de o ex-governador ter sido preso três vezes e sofrido uma enxurrada de denúncias graves, Silvestri diz não ver problemas. O discurso dele é o mesmo que o PSDB vem adotando em geral: os processos e inquéritos não andaram, e Beto conseguiu algumas vitórias judiciais.
“O caso do Beto Richa aconteceu no mesmo momento e nas mesmas circunstâncias que afetaram outros políticos importantes no país e que hoje são candidatos”, diz ele, numa referência nem tão indireta a Lula.
Silvestri foi deputado estadual e teve dois mandatos de prefeito em Guarapuava. Filho do falecido deputado federal Cezar Silvestri e da deputada Cristina Silvestri, é parte de um clã importante na cidade.