Câmara vive guerra de suplentes

Em entrevista, Dalton Borba diz que decisão sobre a posse de Matsuda vai acabar na justiça.

Apesar de Professor Matsuda ter tomado posse na Câmara de Curitiba, as polêmicas continuam dentro do PDT. Advogado e professor de Direito em Curitiba, Dalton Borba é o terceiro suplente do partido e espera que o PDT assuma alguma postura em relação à vaga.

Segundo ele, a própria Justiça Eleitoral registrou que o novo parlamentar não está filiado ao partido. Porém, mesmo assim o professor foi empossado pela Câmara. De acordo com a casa, isso aconteceu por conta de sua diplomação no TRE como segundo suplente em 2016.

Borba acredita que a cadeira na Câmara deve ser repassada para ele. Para o advogado, como Matsuda decidiu sair candidato a deputado pelo PPL no ano passado, e se desfiliou voluntariamente do PDT,  ele não teria direito a vaga.

Em entrevista ao Plural, Dalton Borba afirmou que Matsuda chegou a fazer mais de um pedido de refiliação, achando que reconquistaria a segunda suplência. Mas o PDT tem uma comissão provisória para aceitar novos filiados e o parlamentar teve as solicitações rejeitadas dentro do partido. Borba contesta a decisão da Câmara Municipal que fez com que Matsuda tomasse posse.

Dalton destaca que foi notificado no dia 21 de março, que poderia tomar posse como vereador no dia 25, mas que para isso, precisava trazer um documento de autorização assinado pelo partido. O PDT entregou a declaração para a Câmara, mas nela, explicava que ainda havia um pedido de filiação de Matsuda pendente para análise e que seria apreciado na quinta-feira (28).

A partir disso, a Câmara cancelou a posse e convocou Matsuda. Borba entrou com um pedido no Tribunal de Justiça para reverter a decisão. Na ocasião, o TJ-PR decidiu que esse julgamento não deve ser de competência da corte. “A Câmara deu posse para alguém que não tem filiação partidária, isso é uma violação expressa à Constituição”, afirmou Borba.

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