Câmara aprova R$ 250 milhões em asfalto para Greca

Dinheiro também será usado em obras viárias e Rua da Cidadania

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou, nesta segunda-feira (2), autorização para que a Prefeitura de Curitiba contrate empréstimo de R$ 250 milhões da Caixa Econômica Federal.

O montante será captado por meio do programa de Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa), do governo federal, e destinado à contratação de projetos executivos de obras e implantação e recuperação de asfalto. Segundo ao autor da proposição, Eduardo Pimentel (PSDB), serão implantados 50 km de pavimentação alternativa em diversos bairros e realizados 86 km de fresa e recape, além de 82 km de reciclagem de asfalto. É prevista a continuidade das intervenções na Linha Verde (viaduto e alças da Estação Tarumã) e em obras de drenagem. O crédito também contempla a construção da Rua da Cidadania CIC e requalificação do espaço cultural Moinho Rebouças.

As duas horas de discussão, que culminaram em 27 votos favoráveis e 7 contrários, correram em torno da falta de detalhamento da distribuição dos R$ 250 milhões entre as obras citadas, do parcelamento em até 15 anos e do regime de urgência pedido por Pimentel, que protocolou o projeto no dia 20 de novembro.

Contrários ao projeto, os vereadores Noemia Rocha (MDB) e Dalton Borba (PDT) criticaram o prefeito Rafael Greca. Noêmia disse que a fama de Greca é a de ‘filho pródigo’, pois “gasta tudo que tem sem se preocupar com a próxima gestão”. Dalton chamou a operação financeira de “campanha eleitoral antecipada”, reforçando que devido ao prazo de amortização, de 180 meses, “os recursos não serão pagos na sua gestão”.

Osias Moraes (Republicanos) e Ezequias Barros (Patriota) rebateram, argumentando que Greca pagou dívidas da gestão anterior ao assumir o mandato. “A prefeitura vinha com mais de R$ 2 bilhões de deficit. Não tinha condição para fazer empréstimo”, disse Moraes. “Só não vê a urgência quem não está ao lado do povo que passa necessidade”, disse Toninho da Farmácia (PDT).

“Nenhum vereador é contrário a obras na cidade. O problema é quando um projeto chega na CMC e os vereadores da base votam em regime de urgência. Em poucos dias ele vem para a pauta, sem termos como votar de forma tranquila. Sobre os itens, a gente tinha que saber o valor. Só temos o total, não temos detalhado o recurso para cada obra dessas. Não sabemos quanto vai para asfalto ou para drenagem. A gente gostaria de ter essa informação”, ponderou Professora Josete (PT).

Já Professor Euler (PSD) questionou o pedido de empréstimo para execução de asfaltamento e obras do gênero. Calculando que só em 2019 a CMC autorizou aproximadamente R$ 900 milhões em empréstimos e que o Executivo já diz ter realizado o maior programa de asfaltamento de Curitiba, Euler perguntou se “não é hora de pensar em outra área?”. “Se fosse 1 milhão para cada uma das 185 escolas, seria uma revolução na educação de Curitiba”, criticou.

Para Serginho do Posto (PSDB), o investimento em infraestrutura reduz o gasto com manutenção e não compromete a receita do Município a longo prazo: “Tudo é prioridade, mas temos que caminhar dentro das possibilidades orçamentárias e essas obras terão reflexo [social] muito positivo. Não é para deixar bonita a cidade, é para dar segurança”.

Sobre o/a autor/a

Compartilhe:

Leia também

Melhor jornal de Curitiba

Assine e apoie

Assinantes recebem nossa newsletter exclusiva

Rolar para cima