Ademar Traiano é reeleito e nega ser novo Aníbal Khury

Eleito pela terceira vez consecutiva para a presidência da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB) afirmou nesta sexta-feira que não se compara a Aníbal Khury. O lendário homem forte do Legislativo local ocupou o cargo por cinco vezes nos anos 1980 e 1990.

Eleito pela terceira vez consecutiva para a presidência da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB) afirmou nesta sexta-feira que não se compara a Aníbal Khury. O lendário homem forte do Legislativo local ocupou o cargo por cinco vezes nos anos 1980 e 1990.

Traiano chegou à presidência pelas mãos de Beto Richa (PSDB) em 2015. Reeleito, sobreviveu à derrocada do padrinho político e soube pular para o barco de Ratinho Jr. (PSD) quando ainda não era tão claro que ele seria o governador. Obteve permissão do PSDB, que presidiu, para ficar ao lado do candidato, embora o partido estivesse com Cida Borghetti (PP).

Na resposta sobre uma possível comparação com Aníbal, Traiano respondeu aos repórteres que não se colocaria na mesma altura do falecido presidente. (Ou seja, entendeu a pergunta como algo lisonjeiro, e não como um questionamento ao acúmulo de poder e à perpetuação na presidência.)

Traiano fez um autoelogio. “Nos últimos quatro anos, eu resgatei a imagem e a credibilidade do Legislativo”, disse. O deputado, porém, está implicado em denúncias de corrupção, especialmente na Operação Quadro Negro, que investiga o desvio de dinheiro de obras de escolas públicas no Paraná.

https://www.plural.jor.br/vinte-anos-sem-o-buraco-negro-da-politica-paranaense/

Traiano também destaca que pretende realizar mudanças na casa, como implantar estruturas do Procon e da Defensoria Pública para atender a população.

A eleição de Traiano em chapa única já era esperada. Ele foi reconduzido ao cargo para assumir no biênio entre 2019 e 2020. Dos parlamentares que tomaram posse na casa, 32 foram reeleitos, em uma renovação de pouco mais de 40%.

Oposição e governo

O novo líder do governo, Deputado Hussein Bakri (PSD), destacou que 38 a 40 deputados já estão com a base aliada. Segundo ele, a grande prioridade desse mandato é a reforma administrativa. Algumas das propostas são a redução do número de secretarias, de 28 para apenas 15 pastas, além do corte de 20% nas despesas de todas as áreas, com a revisão de contratos e a exoneração de todos os cargos comissionados.

O deputado Requião Filho (MDB), apesar de ser da oposição, vai integrar a Mesa Executiva na Assembleia. De acordo com o parlamentar, a Mesa foi formada sob a condição de que todos os deputados tenham a liberdade de atuar e defender os próprios pontos de vista. Ele também destaca que mesmo que a oposição seja minoria, o objetivo é fazer muito barulho.

Deputado mais votado e líder de uma “bancada da bala” na casa, Fernando Francischini (PSL), disse que a sua votação traz uma obrigação de mostrar resultados rápidos ao eleitor. De acordo com ele, o ano da Assembleia terá pautas muito importantes, como a licitação dos pedágios.

Francischini destaca que a sua candidatura a CCJ serve para auxiliar o governador na aprovação de pautas de interesse do governo. Ele afirmou que não se candidatou à presidência da Alep em razão de um acordo feito pelos deputados estaduais.

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