Dois movimentos aparentemente isolados na política paranaense podem ter tido uma causa comum. A saída de Guto Silva (PSD) da Casa Civil de Ratinho Jr. (PSD) e a desfiliação de Cesar Silvestri Filho do Podemos para ir ao PSD aconteceram com poucos dias de distância, e não por acaso.
Na raiz dos dois fatos estaria o acordo velado entre Ratinho e Alvaro Dias (Podemos) – ambos caminham para um acordo eleitoral que ajudaria a reeleição de um no governo, e de outro no Senado. E na virada de ano as duas partes teriam resolvido cobrar o preço pelo acordo.
Para Alvaro, o inconveniente era ter Guto Silva, que também pretende sair ao Senado, mexendo os pauzinhos dentro do governo de Ratinho. A Casa Civil é um lugar privilegiado para costurar acordos e arrebanhar aliados. Por isso, Alvaro teria pedido que como mostra de boa fé, Ratinho o retirasse do cargo. De fato, Guto voltou à Assembleia três meses antes do que exige a lei eleitoral.
Em contra partida, Alvaro teria topado rifar a pré-candidatura de Cesar Silvestri Filho, que tentava convencer o Podemos a lançá-lo contra Ratinho. Ao saber que não ia conseguir a candidatura dentro do partido, Silvestri saiu para o PSDB, onde foi alçado imediatamente a candidato.
Tudo isso significa que o acordo entre Ratinho e Alvaro está praticamente certo, embora ainda haja problemas a ser resolvidos pela frente. E problemas bem maiores, que vêm de Brasília, já que do jeito que está a chapa reuniria Bolsonaro e Moro num mesmo palanque.
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