As ruas perdidas
Saudade da selva noturna. Saudade do grito de socorro, do berro de pega-ladrão, do avião voando baixo, do sistema de som na caçamba da saveiro
Saudade da selva noturna. Saudade do grito de socorro, do berro de pega-ladrão, do avião voando baixo, do sistema de som na caçamba da saveiro
Gente de meia-idade, em geral, gosta de falar que as coisas mudam, que tudo está sempre se transformando
Uma árvore, nos bárbaros tempos que correm, precisa se proteger, mais do que nunca
Era um fim de tarde e fazia calor, então escolhemos, como de costume, passear por ali, onde é mais fresco e agradável
Os antigos tinham a consciência de que um dia também seriam antigos, e até ansiavam por isso
Pellanda fala das mudanças da Pracinha do Amor, no Centro de Curitiba
O homem ruivo dizia estar exausto, carente de banho e comida decente, não suportando mais dormir em bancos de hospital
Pellanda relata sons e visões na madrugada curitibana
Pellanda relembra da rua onde cresceu, uma via sem nome, sem saída e sem asfalto
Devagar, foi se acocorando. Depositou a garrafinha no chão, com prudência e carinho, e por fim vomitou no asfalto. Fartamente. O calau abissínio, juro, desviou o olhar.