Um jornal que não tem medo da discordância, nem de quem escreve para nós

A vereadora Amália Tortato (NOVO) não está feliz com o Plural porque o jornal não se assume. Mas a única bandeira que queremos empunhar é a do jornalismo

A vereadora Amália Tortato (NOVO) não está feliz com o Plural. Em artigo publicado neste jornal, neste dia 19 de maio de 2022, a parlamentar declara que “Os jornalistas desses portais nada plurais rezam toda a cartilha da esquerda”. Se você ficou curioso para saber qual seria essa “cartilha da esquerda”, recomendo a leitura (só clicar no link).

O texto de Tortato disserta sobre uma suposta falta de pluralidade no Plural. O melhor, parece ser a opinião da parlamentar, seria assumir claramente uma posição política, como fez a Gazeta do Povo. Eu pessoalmente também não tenho nada contra as posições políticas da Gazeta. O problema é quando se insiste em criminalizar a sexualidade alheia ou promover ideias equivocadas sobre a segurança da vacina contra Covid-19.

Mas o Plural não é Gazeta. Não por não ser “de direita”. O Plural não é Gazeta porque nós acreditamos na liberdade individual e na capacidade de todo leitor de tomar decisões informadas. Nossos leitores não precisam de nós para reforçar suas convicções, nem para defender suas causas porque são capazes de pensar por conta própria. Nosso trabalho é só fornecer as melhores informações possíveis. O resto é com quem lê.

É nesse espírito que o Plural mantém a coluna PolíticAs, na qual as oito vereadoras de Curitiba se revezam. Para que nossos leitores saibam quem são e o que pensam nossas parlamentares, entre elas as duas vereadoras do Novo, Amália Tortato e Indiara Barbosa.

Além disso, desde a concepção o Plural sempre foi cuidadoso em assumir posições. Primeiro porque somos um jornal, não um partido. E segundo porque as pessoas que assumem posições tendem a desenvolver uma visão seletiva que confirma suas convicções ao invés de desafiá-las.

O Plural é um jornal jovem e vibrante que sabe que o mundo está em constante mudança e que a História só anda para frente. Não estamos aqui para brigar com os fatos, nem com a ciência, nem contribuir com a desinformação.

O nosso trabalho é documentar a História que Curitiba escreve diariamente da melhor forma possível. E como somos um jornal digital do século XXI e não um semanário do século XVIII, algumas coisas estão dadas como certezas (pois comprovadas pela ciência e fartamente documentadas): houve escravidão no Brasil, homossexualidade não é doença, o Estado é laico e as pessoas não são melhores do que outras por conta da cor da pele. Isso seria “de esquerda”? Não.

Nossa única ambição é sermos justos com essa História.

Mas entendemos o desconforto da parlamentar. E desejamos que ela considere não abandonar seus leitores de primeira hora aqui no Plural que, tenho certeza, aprenderam muito desde 2021 sobre a vereadora, suas ideias e valores. Nós não temos medo da discordância, Amália. Mas acho que a senhora já sabe disso, do contrário não estaria aqui escrevendo conosco.

Sobre o/a autor/a

7 comentários em “Um jornal que não tem medo da discordância, nem de quem escreve para nós”

  1. E (supondo que você esteja correto no seu posicionamento), AINDA ASSIM, o canal de comunicação continua aberto para as duas políticas exporem suas ideias por aqui também*.

    Basta os “leitores” se dignarem a reconhecer.

    —–
    *Muito diferentemente do que a Gazeta do Povo fez com o próprio Rogério Galindo e outros jornalistas de visão diferente, ao se posicionarem contra os valores do jornal.

  2. O que impressiona é o Plural se dizer aberto e tolerante, mas só tem jornalista que defende o PT e critica a chamada “direita”. Não há pluralismo nisso… Detalhe: a parlamentar já deixou bem clara sua posição e pensamento. Basta a “jornalista” se dignar a entender.

  3. Rui Carlos Detsch Junior

    Parabéns pela Matéria. Me dá um certo alívio saber que o Jornalismo paranaense vai além das posições ultrapassadas e preconceituosas da Gazeta do Povo.

  4. Francisco Antonio Ramos de Lima Junior

    A Nuremberg brasileira quer controlar tudo … Plural é uma luz no monopólio da pobre mídia da marmita que infesta nossa cidade ex cosmopolita.
    Viva o Plural …
    Quanto a vereadora do “novo”… “Sentiu Galvão” …

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