Desde o começo da pandemia, o projeto Inumeráveis tenta mostrar que há rostos, personalidades e histórias por trás de cada morte por Covid-19. Com publicações diárias no Instagram, os responsáveis definem a proposta como um “memorial dedicado à história de cada uma das vítimas do coronavírus no Brasil”. O projeto cedeu ao Plural informações coletadas sobre curitibanos vítima da Covid-19. Veja abaixo algumas dessas histórias:
Adelmo Azevedo da Cruz, 52 anos
Uma alma boa, que viveu por amor e só foi amor por onde passou.
Ana Maria do Prado Valdivieso, 71 anos
Uma sagitariana mandona que organizava todos os eventos e a vida da família. E o melhor de tudo: eles adoravam isso.
Antonio Carlos Nascimento Pivatto, 83 anos
Comunicativo, marcou a vida de muitos com suas piadas e brincadeiras.
Antonio Moreira Bispo Neto, 74 anos
Uma eterna criança arteira com sabedoria para olhar nos olhos do outro ao ouvir e aconselhar.
Aparecida Marquetti dos Santos, 73 anos
Ensinou aos filhos o valor das coisas, principalmente daquelas que não se pode comprar: as que vêm do coração.
Ardisson Mauro Vaz, 46 anos
Viveu o amor incondicionalmente e foi feliz, muito feliz.
Candida Maria Furtado, 80 anos
Sempre perfumada e caprichosamente arrumada, organizava os bingos de 25 centavos da família Furtado.
Caudiovina Leite Neves, 90 anos
Cultivou muitas flores e um amor inebriante por sua família. Era uma bordadeira impecável.
Cirino Hercílio Soares, 70 anos
Como sustento: tesouras e mãos mágicas. Já para os seus, como marca, ficam a alegria de viver e um amor lindo.
Claudete Gonçalves Pereira Chiquiti, 55 anos
Com as selfies que tirava a todo momento, registrava seus melhores sorrisos.
Clementina Veneranda dos Santos, 67 anos
Além das habituais palavras sábias, os que partilhavam sua mesa conheciam seu talento na cozinha e nas piadas.
Daiana Sthefanne Costa da Silva, 33 anos
Um verdadeiro girassol que foi graça, força e luz por onde passou.
Dalva Gomes Ferreira, 64 anos
Uma avó que brincava com os netos.
Dorizon Pascoal de Oliveira, 61 anos
Seu brilho encantava as pessoas ao redor e sua grandeza se refletia no cuidado com o próximo.
Emerson Nascimento, 46 anos
Um eterno viajante e trabalhador incansável.
Francisco Caetano da Costa, 85 anos
Como todo bom cristão, sua preocupação maior era o bem-estar do próximo.
Gerhardt Arthur Krüger, 94 anos
Amante da música clássica e torcedor do Grêmio e do Ypiranga, seu espírito livre tinha ainda muita gana de viver.
Guilherme Gonçalves Landin, 57 anos
O Urso que ria e chorava ao mesmo tempo. Até para dar bronca era gentil.
Helena do Nascimento Carvalho, 80 anos
Transbordava generosidade aos necessitados. Ah, Dona Helena, que mulher especial!
Hilda Machado Bozza, 81 anos
Era como um caule forte sustentando e nutrindo muitos galhos; sua vida foi exemplo de caridade e doação.
João Borges de Oliveira, 69 anos
O abraço carinhoso era seu jeito de sentir e demonstrar carinho.
Joel Cardoso de Oliveira, 71 anos
Um missionário que usou sua voz potente e seu riso contagiante para levar Jesus às vidas de muitas pessoas.
Jorge Luiz Guérios Curi, 64 anos
Um guerreiro que enfrentou as dificuldades com alegria, força e amor.
José Carlos Mendes, 70 anos
Ligado às raízes, viveu para a família e para o trabalho. Bom ouvinte e amigo, tinha sempre alguma história para contar.
José Donisete Xavier, 60 anos
Ele enviava “bom dia” para todos da sua agenda de contatos.
José Felinto Furtado, 86 anos
Fã de Nelson Gonçalves, bem poderia ter escrito algumas canções inspirado nas inúmeras histórias que contou.
José Luiz Soares Teixeira, 57 anos
Esculpia pequenas pétalas em lataria, com muito cuidado, para presentear os familiares.
José Noberto Fragoso, 77 anos
Seus causos não começavam com o habitual “era uma vez”, mas com um sonoro “entonces”.
Josué de Ramos, 22 anos
Mesmo jovem, já planejava abrir padaria com seu nome. Aos amigos, distribuía sorrisos e alegria contagiante.
Larissa Queiroz Gluczkowski, 19 anos
O “efeito maravilha” de Lalinha será eternizado em girassóis espalhados por aí.
Leda Maria Perissutti Gomes, 76 anos anos
Sorria com a boca, com os olhos e com a alma que viveu intensamente.
Leudetes dos Santos Cavalli, 78 anos
Dete era uma mulher solar, cheia de vida. Seu sorriso era o centro de sua constelação familiar.
Luis Carlos dos Santos Faria, 49 anos
Otimista, viveu para cuidar da família e para realizar seus sonhos, sempre ao som de Milionário e José Rico.
Luzia da Costa Coutinho, 79 anos
Nunca recusou um dedinho de prosa, ainda mais se tivesse uma broinha de milho para acompanhar.
Marcos Feldman Filho, 62 anos
“A vida é a arte do encontro”, ele dizia.
Maria de Fátima Lemes, 59 anos
Uma guerreira, devota de Nossa Senhora Aparecida e amada por todos a sua volta.
Maria Helena Alves de Oliveira, 67 anos
A melhor boleira da família, aquela que atendia todos os pedidos com satisfação.
Maria Rita Peretti, 83 anos
Pintou sua alegria nos corações curitibanos e recebeu o título de “idosa mais fotogênica de Curitiba”.
Mônica Alencar Lunardon, 34 anos
Simpática e sorridente como só ela sabia ser.
Nilton Ferreira, 57 anos
Fã de Raça Negra, não abria mão de uma boa feijoada.
Odgar Nunes Cardoso, 60 anos
Foram 31 anos dedicados a servir e guardar a vida das pessoas.
Paulo Sérgio Bernardino, 41 anos
Sua marca primeira era fazer tudo com calma. Depois vinha o sorriso fácil.
Pedro Martins de Oliveira, 80 anos
Seu Pedro… Querido Pedro… Vô Pedro… Um ser humano incrível!
Rosa Barrozo Antunes, 59 anos
Uma flor com um sorriso imenso e que deixava cheiro de alegria por onde passava.
Rosa Inez Santanelli, 48 anos
Viveu com o nome e o destino da flor: espalhar amor e deixar seu perfume mesmo depois de sua partida.
Roseli Cavazotti, 75 anos
Vovó cheia de vida que tinha mãos de fada na cozinha.
Rui Carlos Gunha, 63 anos
Batalhador e essencialmente família, Era a alegria em pessoa.
Sergio Cassins, 52 anos
Chegado a uma boa refeição e séries policiais, amou a família acima de tudo.
Valdirene Aparecida Ferreira dos Santos, 39 anos
Profissional de saúde por paixão e vocação, sonhava com um mundo em que todos tivessem um atendimento digno.
Waldomiro Marciano de Souza, 81 anos
Ele partiu, mas deixou a saudade para lembrar que um amor genuíno e lindas memórias nem a morte consegue roubar.
Zenaide Lopes de Souza, 64 anos
Trabalhadora, alegre e teimosa, era dona do bar mais badalado da cidade.