A cada sete dias, Curitiba registra mais de 100 mortes por Covid-19. A Cidade estava há 34 dias abaixo deste limiar, mas a piora da pandemia nas últimas semanas empurrou para cima os números de óbitos. A média móvel de novos casos identificados da doença também passou de mil depois de 54 dias abaixo disso.
O próprio sistema de Monitoramento Covid da Secretaria Municipal de Saúde aponta para uma piora sensível nos indicadores, muito embora, como o Plural já mostrou, só num cenário muito improvável irá indicar alerta vermelho. O indicador – que entre 0 e 1,99 aponta para alerta amarelo, e de 2 a 2,99 para alerta laranja – chegou ao valor máximo no período em 27 de fevereiro: 2,89.
Neste dia 8 de março, Curitiba também tem déficit de leitos Covid-19, segundo dados das Secretaria Estadual e Municipal da Saúde. A cidade tinha 908 pessoas internadas em leitos exclusivos Covid, 40 em leitos comuns e 321 aguardando vaga.
No total, são 1.269 pacientes Covid para 974 leitos exclusivos, uma ocupação real de 130,3%. A Cidade também enfrenta uma piora dos indicadores, especialmente em relação ao período de 28 de janeiro a 25 de fevereiro, quando esteve em vigor o alerta amarelo.
Com a alta demanda por leitos Covid-19, a Capital já tem um déficit de 295 vagas. A fila de pessoas aguardando leito triplicou nos últimos 15 dias.
Segundo cálculo do Departamento de Estatístico da UFPR, Curitiba tem número de reprodução (R0) 1,12 (1,05 a 1,20) no momento. O R0 acima de 1 indica aceleração no contágio e provável aumento de casos nos próximos dias. Mais do que isso, o R0 está acima de 1 desde meados de fevereiro e permanece numa curva ascendente.
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