Curitiba mantém aulas remotas até 6 de abril

Capital vai decretar novas medidas contra o coronavírus nesta terça-feira (9)

Ao contrário das Redes Estadual e Particular de todo o Paraná, que retomam as aulas presenciais nesta quarta-feira (10), seguindo decreto estadual, as escolas da Rede Municipal de Curitiba prosseguem no ensino remoto (via internet e TV aberta) até, pelo menos, 6 de abril. A decisão foi divulgada hoje (8) pela Secretaria de Educação da Capital.

“Por decisão do prefeito Rafael Greca estaremos com as escolas municipais de Curitiba em ensino exclusivamente no formato remoto até 6 de abril. Nessa data faremos nova análise da situação da pandemia na cidade”, explica a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.

O conteúdo curricular da Educação Infantil, do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano e da Educação de Jovens e Adultos fase I está disponível na TV aberta e no canal TV Escola Curitiba no YouTube.

Quem está no Grupo A (presencial na primeira semana) deve assistir às videoaulas nos canais 4.2 (Rede Massa) e 9.2 (Paraná Turismo). O Grupo B (que iria para a aula presencial no dia 1º de março) e quem optou pelo formato remoto deve acompanhar no canal 16.4 (TV Evangelizar).

Para estudantes do 6º ao 9º ano do Fundamental, o material é produzido e disponibilizado pelo Governo do Estado do Paraná nos canais 7.2 e 7.3 – pelo Aula Paraná.

Surto nas escolas

A Rede Municipal de Curitiba chegou a retomar as aulas presenciais de 1 a 5 de março. Neste período, escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEISs) foram fechados por surtos de casos de Covid-19 entre professores e profissionais. Também houve vários relatos de problemas com os protocolos de segurança e com os materiais de proteção individual, como máscaras, enviados aos professores e alunos. Foi registrado ainda falta de água em várias unidades escolares.

Recorde nos números de Covid-19

Nos últimos dias, a Capital vem registrando números recordes de casos e mortes por coronavírus. O último boletim foi divulgado no sábado, quando foram 855 casos e 22 óbitos em apenas 24h.

Os leitos em Enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão muito próximos de 100% de ocupação e os hospitais particulares já precisam fechar os Pronto Atendimentos por causa da superlotação. Nas UPAs não há lugar para pessoas suspeitas de Covid-19, nem para outros problemas, estendendo a espera no atendimento para horas a fila. Faltam vagas, profissionais de saúde – que estão exaustos e fazem relatos surpreendentes. O consumo de oxigênio no PR teve alta de 47% no início de março, comparado ao mesmo período de fevereiro de 2021.

No Paraná, a situação é ainda mais crítica, cidades beiram o colapso por falta de leitos. Neste domingo (7), foram 2.243 novos casos confirmados e 18 mortes pela doença.

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1 comentário em “Curitiba mantém aulas remotas até 6 de abril”

  1. Finalmente, a prefeitura toma uma decisão que revela cautela e cuidado para com crianças, professoras, professores e a comunidade escolar.

    Certamente que o trabalho do Plural repercute nesta mudança de posicionamento.

    É hora de tomar medidas que permitam a redução drástica no número de casos, inclusive, repensando políticas de testagem e, no caso das escolas, é imperativo rever e atualizar os protocolos. A propósito, é urgente trazer para a discussão critérios objetivos (por exemplo, aqueles do CDC) a guiar os processos de reabertura. Também é urgente ampliar os mecanismos de comunicação para divulgar informações mais atualizadas (a respeito da transmissão pelo ar, dos tipos de máscaras que implicam em mais segurança, dos dados referentes à Covid-persistente, do fato que crianças são, sim, propagadores e que podem ser infectar e desenvolver formas graves da doença). No caso das escolas, também seria recomendável haver grupos dedicados a implantar em todas elas sistemas de circulação e filtragem de ar – há ciência e tecnologia amplamente disponíveis e acessíveis.

    Ao mesmo tempo, é preciso retomar a crítica: se as demais atividades não essenciais forem retomadas, o colapso não terá fim – e a reabertura das escolas estará ainda mais distante.

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